quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

eu.

-Ôche!
muito atrapalhado...nunca compra nada como se pede.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

ah,o natal!

Normalmente segue o dia,O homem chega do trabalho cansado.A mulher lhe preprara a mesa.
O homem e a mulher comemoram juntos algo especial.desde cedo se empenham em arrumar a casa com uma decoração especial,luzes coloridas,árvore enfeitada,compra e embalagem personalizada dos presentes,muitos embrulhos.Há no canto da sala um cahorro e uma criança,brincando distraídos o menino e o cachoro são dois amigos,cumplices.trancados alí naquele apartamento de classe média.naquele ambiente urbano-tão comum.Um menino 5 anos no máximo,a criança e o cachorro também fazem parte da cerimônia anual.chegaram á pouco á esse mundo.adoram o natal,essa festa onde todo mundo ganha coisa de todo mundo...pouco sabem quem morreu e quem matou na origem dessa comemoração.não sabem que o menino que nasceu agora,morre aos 33 em meados de abril do ano que vem...e tampouco que ele ressucita,que voa,veja você...sabem que se comemora um nascimento,e que isso é importante o bastante para a troca de presentes e para a celebração do ser-humano.(que é o mais importante para ele o menino)
há no quadro na parede uma familia,ha no coração de todos ali uma familia.todos comem e bebem e sorriem.tentam mantér o quanto podem,com toda força;esse espirito.pelo menos nesse dia.
nesse dia.o dia é santo.peru,árvore,ceia,luzes,camera,acão!chega um tio com presentes.uma vó doente.um primo malino.uma prima chata...uma familia se espedaçando ante a grande mesa de natal.o homem comemora a bela família que em pouco ergueu,o eixo particular.o motor particular,gerador de felicidade e preocupação extremas.quase na mesma proporção.

Segue a festa;.com fofocas da tia berenice.os copos de cidra-espumante secam sobre a mesa.os convidados chegam e saem...
-A joana vai para a festa na casa de mayarinha...
-O teco,ele vai para uma festa entre os amigos...
Levanta-se a tia mafalda;''vamos orar pelo vovô mauricio que há pouco nos deixou,vamos lá; ave maria...''e prorroga-se a ladainha...
-amém!
que o espirito do natal sempre viva...e que alguém por favor venha ajudar jovem maria a lavar a louça e arrumar todo o pequeno apartamento do recém-casal.
carlos que tudo odeia,odeia também essa demagogía...
...mas bebe também da cidra.
do vinho.
e ganha também o presente,estamos vivos...e é natal,afinal!
e tome musicas natalinas e tome goles de vinho.abençoa senhor as familias amém...abençoe senhor a minha também...a familia vai se despedindo.
um-á-um...depois de muito comer,fuxicar e sorrir saem saudosos pela festa que vai esperar por mais um ano para acontecer novamente.
respira aliviada a menina maria...
-que bom que ja foram todos não é amor?
-vamo meu bem,vamo dormir...esse povo é muito chato...to cansado...
-e reveillon onde será?
-na praia,casa dos silva.
-nos silva!?....se você for...
-meu amor...é so mais um dia...vamo lá....
-um dia como outro qualquer...a gente vai,come,dá uns abraços e pronto,depois a gente volta.
e assim segue;
ano-após-ano;

domingo, 19 de dezembro de 2010

desde a primeira vez;

escrevía como quem brincava.
eu era um menino descobrindo palavras.
juntando amor com dor.
e formando meus piores versinhos.
porém,primeiros...
seriam eles os meus melhores?
existía amor por aquilo.
a junção de palavras.
as cores que descobria semitonando daquelas linhas imaginárias (!?)
a soma de significados.
os novos significados.
coisas,verbos,substantivos...existênciais...
eu crescía e descobria as cores das palavras
as palavras para as cores.
as cores dos tons musicais e a tessitura das palavras.
do vento..
do ar.
do mar.
desde a primeira vez que escrevi,o fiz...por amor.
por entusiasmo.
por sonho..
poesia,cinema...
ah,se pudesse explicaría melhor fellini.
tentaría explicar um belo filme.
escrevê-lo...
a minha primeira paixão não foi o futebol...
sempre foi o cinema...
as engenhocas do mcgyver.
as aventuras do indiana jones...
era eu sonhando ser um 'goonie'
era eu sonhando ser um jaspion...
quando pensei escrever,ousei me escrever
me imprimir nessas linhas.
não entendendo alinha que separava meu sonho da minha estética escrita.
eu não os separava
escrevía como que sonha.
sonhava como quem acreditava...escrevía.
o que há de mais bonito é saber que mantenho estranhamente esse moinho girando.
sem me desfazer das acreditações...
escrevendo,vendo e ouvindo...
aprendí á ter atentos meus ouvidos,pés,mãos e principalmente olhos...
as coisas se passavam...
e nada escapava de minha sensibilidade.
de minha intuição.
aprendi errado como se vive na vida..
mas aprendi correto como se sonha...
permaneço poeta.
diletante.
eu...sem saber se musico,se escrevo se atuo,se exijo.
eu sabendo somente que quero algo...
que crio algo...
que amo algo,que não sei tão bem....de tanto que conheço.
criei minhas regras e isso me faz feliz.
desde a pimeira vez...
sonhei..
assim permaneço.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Paulo Mendes Campos...

TRÊS COISAS

Não consigo entender
O tempo
A morte
Teu olhar

O tempo é muito comprido
A morte não tem sentido
Teu olhar me põe perdido

Não consigo medir
O tempo
A morte
Teu olhar

O tempo, quando é que cessa?
A morte, quando começa?
Teu olhar, quando se expressa?

Muito medo tenho
Do tempo
Da morte
De teu olhar

O tempo levanta o muro.

A morte será o escuro?

Em teu olhar me procuro.

(Paulo Mendes Campos)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

estarei vivo daqui á dez anos...

ainda ontem eu era um menino.
mesmo com toda essa barba que me toma a cara.
eu era menino...
bulía....
malinava...
intimava...
caçoava...
mexía...
fazía e acontecía..
o mundo era meu...portanto!
ainda ontem eu crescia,amava,vivía...
é estranho saber que permanecerei aqui.
que daqui á dez anos (sabe-se lá)
estarei casado...
com filhos.
sendo um contribuinte honorário....
ordinário;
sendo um compositor maluco.
um marido conformado em esperar o dia final...
esperando com a sabedoria de um poeta clandestino.
um poeta que não é...
estarei vivo daqui á dez anos.
para cumprir promessas..
para lamentá-las...
para ver;
e continuar sonhando.
com o futuro que chega cada vez mais rápido.
quando vir,passou...
estarei vivo...
permanecerei vivo...
mesmo que não saiba absolutamente de nada,Dom Quixote!
eu estarei vivo daqui á dez anos.
te espero imposto de renda...
te espero leão.
te espero problema renal.
calvice e ciúmes infantís...
sabe-se lá como serei...
estarei vivo daqui á uma decada...
estarei com você...?
-como estarei?
-maluco,talvez!

não quero falar...

não quero falar sobre as chuvas que me tem dado...
sobre o quanto me molhei nessa estrada.
sobre o quando que pequei em estadía.
não quero falar sobre os tempos que tenho estranhado.
nem sobre os mundos visitados.
não quero hoje falar de mim.
não quero expor meu sorriso ou meu refúgio.
nem tampouco meu sobrenome.
quando falo,,,permito.
hoje,portanto não permito nada.
nada á mim mesmo....
á não ser a revolta.
a colera.
posicionada entre o âmago intacto que conservo
e o amor agnóstico que mantenho.
não quero falar de incompreensão.
quero falar de amor.
ando eu tão mudo...
que mundo...
hoje não quero falar sobre nada...
só desejo nadar calmamente...
nú...abraçando meu rio.
quero não ser comido por pensamentos revoltosos...
nem lamentar as vidas cruzadas...
as conexões;
ah...queria cachaça,vai!
embriaguez e risos falsos...
falta de doutrina e maldade...
não quero escrever,por hoje não...
quero me desgarrar como um aventureiro egoísta.
não quero falar,falando...
tem dias que viver é esquizito...
...escrever não adianta...
calar-se é covardia.
que vontade eu sinto agora,que não distingúo?
sobre essa vontade eu digo;
não quero falar...

domingo, 12 de dezembro de 2010

sabiá;

vai bailando no céu sabia?
vai voando pra lá sabiá;

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

vida nova;

sempre vai haver um bebê tomando banho de sol nas pracinhas da vida.

sempre irá haver um menino crescendo em peito de jovens-poetas;
vai sempre haver poesia,vida!

sorrisos espôntaneos,vida!
meninas apressadas,vida!
meninos resmungões,vida!
pais cautelosos,vida!
avòs,avôs saudosos...vida!
vai haver vida,de uma forma ou de outra...
haveremos nós humanóides
haveremos nós andróides

sorrisos cautelosos.
meninos apressados.
meninas espôntaneas.
pais resmungões.
avôs,avós...anões...
vai sempre haver vida humanóide.
musica humanóide.
poesia humanóide.
humanos-humanóides...
uma vida nova nascendo do ventre de uma menina apressada
cautelosa.
espontanea.
resmungona.
vai sempre haver tanta coisa...
que so de imaginar o mundo daqui á cem anos me dá vertigem..
o poeta que não ouse sonhar demais..

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

sob os galhos dessa árvore

eu debaixo dela.
respiro ar puro de oito do dia.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

vai...

uma saudade que me bate ao peito.
que me inunda.
que me traz sorrisos lacrimejantes...
um amigo que se foi.
uma vida que nos deixa.
uma lagrima saudosa.vai então perder-se nesse vão das coisas.
e então no meio de todo esse sentimento
de todo esse mundo
esta aqui guardada pra sempre em manifesto.
em retorica tola
em poema malhado.o minuto de silencio que jamais consegui reproduzir com clareza.
a saudade do camarada morto.
dos camaradas que se foram para o além túmulo
a saudade que me bate ao peito nem é tão deles assim.
mas ríspida,chora o eu que fui.e a vida que tivemos.
as aventuras infantis.
os crooners adolescentes.
uma lágrima corre em meu rosto
e uma estrela no alto obre o céu de brilho intenso.
será o amigo que resolveu me dizer 'oi'?
o Deus brinca de piada com os sobreviventes terráqueos?
essa dor que me toma o peito nem é dor...é nostalgia.
como um crooner canto de cá a saudade que não sei exprimir;
nesses versos tortos que escrevo tao cedo do dia.
um amigo que se foi...
no vão das coisas obscuras...
nos mistérios que nos cercam os mares.
nos muitos rabos de foguete que partem dia-apos-dia...
e partem os rabos e seus foguetes para o além-vida
onde dormem juntos poetas e moribundos
esperando o dia da trombeta.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

PIPA

um velho sentado na poltrona de sua sala sorrí do apresentador gordo na tv.
o velho sentado na poltrona reclama a falta de café a mesa.
o velho que reclama o café,reclama também a mulher.
o velho e sua esposa mais moça reclamam sem nem se entender.
o velho rí da tv,aprecia sua cerveja,mas com moderação (cê veja)
o velho sorri demagogo de coisas que suas vivências não lhe trouxeram
(pobre velho)
coisas que nunca adiquiriu...
o velho bebe.
o velho bate.
o velho chora.
o velho senta na mesa do bar e reclama do time.
o velho sai pra passear e reclama do tempo...
o velho ta perto do fim...nunca aprendeu á contemplar.
um outro velho do outro lado da cidade escreve sobre tudo.
está so.
está sã.
esta bem...
o velho escreve um poema que explica a vida...
o velho é tão amável quanto um urso panda
o velho é tão bonito quanto noel (papai)
o velho é careca e sorridente.
o velho tem bigodes e óculos...
escreve pra gente.
pra gente sorrí.
o que esses velhos tem em comum senão a idade?
ambos tem setenta e poucos...
a diferença é que um velho tem 70 e o outro quase 7.
um nunca leu Drummond.
o outro coitado,sem estudo,aprendeu-se sozinho nessa vida.
um feliz 'analfabeto'...que passeia anônimo pelos bosques da vida...
enquanto o velho mais velho,mais rabugento,e mais instruido,
beira triste a frente de sua tv dominical...
bebe triste sua cerveja em sua poltrona.
contempla triste sua jovem mulher vazía.
e espera a morte chegar olhando apressado o relógio do tempo;
que horas já são? pergunta ele a si mesmo.

quanto ao outro?
bem...esse velhinho não tem fim...
o sorriso.
as palavras.
as verdades.
as mentiras...
o velhinho mais menino que há...
esse sobrevive feito o vento...
voando por aí...
bem que poderia se chamar 'PIPA'
O VELHO-VOADOR MAIS FELIZ QUE HÁ...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

sinto falta

sinto falta de fôlego
sinto pressão
sinto um gosto de pêsego.
um velho refrão.
cá eu cantando de novo meu deus...
cá eu entoando refão.
cantando poema.
por que não?
cá eu escrevendo feito louco.
vivendo feito um escritor.
sinto falta da vontade que eu tionha de ser um jogador de futebol.
menino sem chuteiras.
chuteiras sem cadarço...
um menino sem magia nos pés.
ela habitava minha infância...
minha inocência.
meu eu.
queria ser zico...
sinto falta ....
eu não sou o zico....
eu tinha sim ,magía também..
que me habitava a cabeça...
eu com meus desenhos nostálgicos...
quase um diário-poema.
sinto falta de quando vivía sem escrever..
sem sonhar...
sem me envolver...
mas quando foi isso mesmo?
hoje eu cheio de 'clicks'
cheio de 'tlacks"
permaneço o mesmo enquanto a banda toca...
enquanto o mundo é copa.
enquanto o povo respira futebol
eu queria ser atacante dos bons...
virei por fim...
um jovem compositor de devaneios.
sinto falta de algo que perdi nesse caminho...
sinto falta.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

minino;

Minino...A vida começou agora,
você certamente vai conhecer a dor.
a dor do amor.
a dor de não poder amar quem se quer.
a dor da vida.
a dor de amar demais
o amor minino,é algo que não se pode simplesmente explicar assim.
num poema,numas poucas letras
é algo complexo.
mexe com partes de nosso corpo e alma que jamais entenderemos direito suas razões.
ensaio pra você
a dor da morte.
das escolhas dificeis.
e é sobre essas escolhas dificeis que quero lhe falar.
do perigo de decidir.
e do quão é importante fazê-lo.
a decisão é sublime.
a vida é de fato algo sublime.
é raro aqueles que superam com grandeza a dor.
causada por uma coisa interrompida.
por um plano mal elaborado
mal realizado.
um tiro torto á se lamentar.
minino,a boca ainda vai esquentar tanto.
o mundo ferve só poderia a boca estar á esta temperatura que se encontra.
o mundo é urgente,urgente de mais.
e você na sua impaciência de mminino,ousou crescer.
abandonou o que mais te tornava homem.
a meniniçe.
acontece,menino que é presciso tomar decisões
e que o muro alto onde você subiu,é alto demais pra simplesmente ficar em cima dele
ele -o muro- tende sempre á crescer,te deixando mais e mais altinho.
no topo.
porém -apartidário. e o mundo tem também seus partidos.
suas posições.
escolha a vida enquanto ela resiste.
enquanto esta do seu lado...
ah,minino.
minino,tudo que você sempre quis era crescer.
e agora queres voltar á ser criança.
minino.
minininho...
chorar não resolve.mas ajuda.
atrapalha.
meninos não choram..
homens sim.
choram e muito.
tudo o que eu queria minino era lágrimas.
era essa coragem para soltar o berro....alto
e junto com ele lavar minha alma.
meu pulmão.
meu coração cansado de 'jovem homem'
sou como você minino.
igualmente feliz e perdido.
igualmente minnino e homem.
fã.
minino,toca essa malandragem pra frente.
tuas mentiras não anulam nada.
so te saúdam como minino malino que és.
seja isso.
viva isso.
que eu,Bem eu,serei também minino.
de barba e planos.
com outros sonhos sobre a mesa.
serei minino com certeza.
mas você.
-mesmo que não seja em mim-
um dia há de crescer.
e deves por fim aprender.
as regras loucas que regem a vida....

ser minino dói menos.
mas permanecer minino doi infinitamente mais.
de modo que ser homem é demasiadamente urgente
para viver direito esses dias dificeis que você não consegue compreender...
vai cuidar de brincar de pião menino...
isso aqui ainda não é pra você...

debaixo de meu chapéu.

'azul e branco da cor daquele céu...'
idéia solta á cantarolar.
paranóia urbana marginal.
cabelos engranhados
idéias sustenidas mirabolantes.
quero eu conquistar o mundo?
quero eu me achar nele.
meu chapéu.
fui na espanha buscar meu chapéu;
fui no crato.
na canoa.
o chapéu era meu e só eu sei o quanto se adequava á minha pequena cabeça.
cabeça grande.
como a de um dinossauro.
o que mais há debaixo desse boné colorido?
dessa touca;
desse gorro.
o inseparável medo da calvice;
o assanhar de cabelos.
as idéias condensadas
por baixo desse esconde-teto.

o que há em minha mente que o chapéu não cobre?

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

um silêncio.

e quando eu não puder escrever?
quando não houver palavra que explique?
voz que resolva?
grito que silencie?
afago capaz de acalmar?
quando não houver rima?
nem verso?
nem meus costumeiros deboches?
quando for dormir o poeta e acordar o menino?
e quando o menino chorar?
cadê o pai do menino?
cade a mãe do rapaz?
cade por fim,o rapaz!?
perdido em pensamentos.
perdido incoerentemente.
em fuga.

e quando faltar coragem?
faltar vontade?
e o medo transbordar?
a vida desmandando coisas.
as coisas debandando em mágoas.
e quando o tempo acabar,
passou.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

DE REPENTE É ISTO.



Para Maria da Graça


Quando ela chegou à idade avançada de 15 anos eu lhe dei de presente o livro Alice no País das Maravilhas.

Este livro é doido, Maria. Isto é: o sentido dele está em ti. Escuta: se não descobrires um sentido na loucura acabarás louca. Aprende, pois, logo de saída para a grande vida, a ler este livro como um simples manual do sentido evidente de todas as coisas, inclusive as loucuras. Aprende isso a teu modo, pois te dou apenas umas poucas chaves entre milhares que abrem as portas da realidade. A realidade, Maria, é louca.

Nem o papa, ninguém no mundo, pode responder sem pestanejar à pergunta que Alice faz à gatinha: "Fala a verdade, Dinah, já comeste um morcego"?

Não te espantes quando o mundo amanhecer irreconhecível. Para melhor ou pior, isso acontece muitas vezes por ano. "Quem sou eu no mundo?" Essa indagação perplexa é o lugar-comum de cada história de gente. Quantas vezes mais decifrares essa charada, tão entranhada em ti mesma como os teus ossos, mais forte ficarás. Não importa qual seja a resposta; o importante é dar ou inventar uma resposta. Ainda que seja mentira.

A sozinhez (esquece esta palavra que inventei agora sem querer) é inevitável. Foi o que Alice falou no fundo do poço: "Estou tão cansada de estar aqui sozinha!" O importante é que ela conseguiu sair de lá, abrindo a porta. "A porta do poço!". Só as criaturas humanas, nem mesmo os grandes macacos e os cães amestrados, conseguem abrir uma porta bem fechada e vice-versa, isto é, fechar uma porta bem aberta.

Somos todos tão bobos, Maria. Praticamos uma ação trivial, e tens a presunção petulante de esperar dela grandes conseqüências.

Quando Alice comeu o bolo, e não cresceu de tamanho, ficou no maior dos espantos. Apesar de ser isso o que acontece geralmente às pessoas que comem bolo.

Maria, há uma sabedoria social ou de bolos; nem toda sabedoria tem de ser séria ou profunda.

A gente vive errando em relação ao próximo e o jeito é pedir desculpas sete vezes por dia: "Oh, I beg your pardon!" Pois viver é falar de acordo em casa de enforcado. Por isso te digo para a tua sabedoria de bolso: se gostas de gato, experimenta o ponto de vista do rato. Foi o que o rato perguntou à Alice: "Gostaria de gatos se fosse eu?"

Os homens vivem apostando corrida, Maria. Nos escritórios, nos negócios, na política, nacional e internacional, nos clubes, nos bares, nas artes, na literatura, até amigos, até irmãos, até marido e mulher, até namorados, todos vivem apostando corrida. São competições tão confusas, tão cheias de truques, tão desnecessárias, tão fingindo que não é, tão ridículas muitas vezes, por caminhos tão escondidos, que, quando os corredores chegam exausto a um ponto, costumam perguntar: "A corrida terminou! Mas quem ganhou?" É bobice, Maria da Graça, disputar uma corrida se a gente não conseguirá saber quem venceu. Para o bolso: se tiveres de ir a algum lugar, não te preocupes com a vaidade fatigante de ser a primeira a chegar. Se chegares sempre onde quiseres, ganhaste.

Disse o ratinho: "Minha história é longa e triste!" Ouvirás isso milhares de vezes. Como ouvirás a terrível variante: "Minha vida daria um romance." Ora, como todas as vidas vividas até o fim são longas e tristes, e como todas as vidas dariam romances, pois um romance é só o jeito de contar uma vida, foge, polida mas energicamente, dos homens e das mulheres que suspiram e dizem: "Minha vida daria um romance!" Sobretudo dos homens. Uns chatos irremediáveis, Maria.

Os milagres sempre acontecem na vida de cada um e na vida de todos. Mas, ao contrário do que se pensa, os melhores e mais fundos milagres não acontecem de repente, mas devagar, muito devagar. Quero dizer o seguinte: a palavra depressão cairá de moda mais cedo ou mais tarde. Como talvez seja mais tarde, prepara-te para a visita do monstro, e não te desesperes ao triste pensamento de Alice: "Devo estar diminuindo de novo". Em algum lugar há cogumelos que nos fazem crecer novamente.

E escuta está parábola perfeita: Alice tinha diminuíndo tanto de tamanho que tomou um camundongo por um hipopótamo. Isso acontece muito, Mariazinha. Mas não sejamos ingênuos, pois o contrário também acontece. E é um outro escritor inglês que nos fala mais ou menos assim: o camundongo que expulsamos ontem passou a ser hoje um terrível rinoceronte. É isso mesmo. A alma da gente é uma máquina complicada que produz durante a vida toda uma quantidade imensa de camundongos. O jeito é rir no caso da primeira confusão e ficar bem-disposto para enfrentar o rinoceronte que entrou em nosso domínio disfarçado de camundongo. Mas como tomar o pequeno por grande e o grande por queno é sempre meio cômico, nunca devemos perder o bom humor. Toda pessoa deve ter três caixas para guardar humor: uma caixa grande para o humor mais ou menos barato que a gente gasta na rua com os outros; uma caixa médica para o humor que a gente precisa ter quando está sozinho, para perdoares a ti mesma, para rires de ti mesma; por fim, uma caixa preciosa, muito escondida, para as grandes ocasiões. Chamo de grandes ocasiões os momentos perigosos em que estamos cheios de sofrimento ou de vaidade, em que sofremos a tentação de achar que fracassamos ou triunfamos, em que nos sentimos umas drogas ou muito bacanas. Cuidado, Maria, com as grandes ocasiões.

Por fim, mais uma palavra de bolso: às vezes uma pessoa se abandona de tal forma ao sofrimento, com uma tal complacência, que tem medo de não poder sair de lá. A dor também tem o seu feitiço, e este se vira contra o enfeitiçado. Por isso Alice, depois de ter chorado um um lago, pensava: "Agora serei castigada, afogando-me em minhas próprias lágrimas".

Conclusão: a própria dor tem a sua medida. É feio, é imodesto, é vão, é perigoso ultrapassar a fronteira de nossa dor, Maria da Graça.


UM Trecho completo do sr. P.M.C.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Balaio;

no vão das coisas em que me perco.
no vão do mundo que me desobedece..
ordem de quê?
pare!
eu com meu balaio de coisas perdidas.
Dom Quixote.
Par-tim-pim!

nada altera minha paz.
paz galopante.
ensaio sobre coisa maior.
a parte as canções vivídas.
as sansões inventadas.
lei de quem meu deus!
lei de Deus.
minha e dele.

eu com mau pressagio.
meu balaio.
desconfio sinceramente que morri.
num desses sabados santos.
num domingo de futebol.
cá eu morto num dicionário.
como uma palavra em latim.
escrevendo bobagens dentro de meu balaio.













O que foi que eu esqueci nesse balaio onde carrego a vida?

E a música vai bem?

SOMMMM
BOMMM
DOMM
TOM

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Pega o bonde!

derepente o bonde passou.
-mas já nao se falam mais em bondes?-
posso falar de meus tempos.
de quais?
posso falar dos olhares que me capituraram.
das vozes que me deixaram mudo.
dos sons que me envolví.
E que passaram tão rapidamente por mim
que distraído escrevía sobre os bondes que nem existem mais...

domingo, 19 de setembro de 2010

escrever é meu choro.

meu pranto.
oh,meu pranto.
choro sempre em palavras.
em palavra canto e me encanto.
me apaixono.
me aprisiono.
me deixo prender.
escrever é meu horto.
meu canto morto.
meu sobreviver.
eu canto e tento compor.
falar,cantar o amor.
a dor.
o medo.
eu.
escrever é meu choro.
minhas lagrimas ,letras.
consoantes.
choro em vogais.
o nome de meu pai.
em sufixos e etecetaras minha confusa mãe.
minha vida em letras rasgadas.
em sentimentos proibidos.
em amigos e amigos..
em namoradas...
a felicidade impossivel
o sentimento mais nú.
escrever é minha súplica,meu urucum!
escrevendo me fortifico.
me levanto.
me deito.
acalanto.
perdí minha canta.
meu pincel.
escrevo também nas nuvens do céu...
em que vejo formas e coisas...
em que formo coisas e coisas.
aonde me perco feliz.
escrever é a lagrima que não quer cair...
cai no papel...minha lçagrima em forma de letra.
minha letra escrita em lágrima.

Louco.

Um belo dia enlouquecí.
bebi demais.
chorei,sofrí.
por causa de quê?
por causa de nada.
bêbados tem dessas destresas.
falam,não dizem nada.
rasguei dinheiro.
comí papel.
gritei socorro.
papai noel!
pedi esmola.
cantei que não!
como pude ser tão louco?
como pude ser tão sã?

pedi ajuda á jesus,
não sei se ele me ajudou.
cortei cabelo.
comprei camelo.
pedalei,pedalei...
voltei cançado.(com cedilha)
banho tomei.
jantei cansado.
vomitei.
de que adianta beber e cair:?
-se levante rapaz!
voltei.

o louco passeia universal pela cidade.
é bebado.
é doido.
é pouco...
passeia no auge de sua razão.
tão ou mais feliz que o bêbado que em vão tenta lhe imitar.
liberade é pouco...
o melhor é se desprender...
louco são os loucos que se deixam enlouquecer...
-se levante rapaz!
-deu pra beber!?

Estamos todos aqui!

Em dias ruins.
dias bons.
dias chuvosos.
dias horrorosos.
dias normais.
dias meus.
dias negros.
dias longos.
dias doidos.
dias curtos.
dias mudos.
estamos nós.
eu,você e a verdade.
e a vontade.

em dias de chuva.
dias de santo.
dias de dôr.
de pranto.
dia sem rima.
dia sem luz.
dia sem sol.
sem cruz.
em dias sem surf.
em dias sem som.
em dias sem nada.
em dias sem pôr.
estamos nós,amigos eternos.
aprendendo e vivendo.
como o sol.


Estamos todos aqui.
e nessa vida.
regidos sob essas escolhas,vivemos.
os dragões que nos habitam.
habitam também outros povos.
os leões que nos assustam,assustam também outros nossos.
as visões que nos dizem verdade,tabem contam á terceiros.
então;
sobrevivamos.
pois ainda temos um ano inteiro.
uma vida.
um sol.
e permanecemos ainda todos aqui!

peçamos desculpas.
oh injustiçados.
e aprenderemos com o poema cantado.

Ah esse coração...

Meu coração amanheceu doendo,sangrando.
amanheceu depois de uma noite de pesadelo antigo.
sobreviveu ao sonho na casa ruim.
sobreviveu á mim,
minha mente sobrevivente.
amanhecí dorido,dolorido....sem razão.
roubando versos de canções antigas.
roubando enfim,refrões...

Meu coração é tão grande quanto o de um dinossauro.
parece amor,mas é angústia.
medo,solidão.
incompreensão,impaciêcia.
-E se Deus não me der?
penso eu.
se deus não der o diabo toma..
toma o que?

que mais tenho eu senão essa profunda melancolía.
esse sentimento tão medonho.
grotesco,menino.
adverso.
como?
não ouso decifrar-me por inteiro.
deixo a icógnita pra o final
temo pela verdade absoluta.
a felicidade é a verdade.
mas por que me foge tanto?
que tarefa é essa meu deus?

Ah esse coração transborda,como o velho rio jaguaribe.
inunda como acheia de oitenta e tanto...
ah...vida minha...
coração bombeia,clareia e escurece.
estremece,e assusta.
machuca.
cabe tudo só num peito?
cabem glórias e choros infantís.
lado á lado.
cabem tantas pessoas queridas....
tantas ruas,vidas vivídas...
meu eu...
confuso e sincero.
bondoso e cruel...
como cruel?
meu coração pode ferir o mundo...

terça-feira, 7 de setembro de 2010

a propósito.

reparastes nas coisas da vida?
nessas coisas que fingimos não entender.
reparastes que o tempo tem corrido mais rápido?
sim,nem ele é mais o mesmo nesses tempos de cólera.
de aquecimento global.
de fim do mundo.
de banda larga.
isso reduz o mundo...

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

falaram de mim.

é bom saber que lembraram de mim numa roda de conversas...
uma conversa camarada.
roda de amigos.
uma praia
uma estrada.
falaram de teu sorriso no dia de natal
num conselho que destes embriagado de poesia naquele verão de dois mil e tanto...
na forma como amigos te gostavam quando presente.
diziam 'onde você estava?'
ou 'só faltava você alí'
é bom saber que pessoas se unem e se divertem e que pelo menos por uns poucos segundos lamentam tua ausênsia.
a falta de teu semblante tão peculiar...
a falta de um amigo na rodinha tão caleijada de histórias
tão cheia de boemia...
juventude reunida...
falaram de mim enquanto o ano virava?
me lembraram no dia do violão na praia?
falavam de ti,e de estórias que vão permanecer em memórias coletivas...
em crescimentos coletivos...
em coisas que não se apagam...
(se apagam pelo tempo,mas não na mente dos sobreviventes)
a vida sobrevive.
lembraram de ti,naquele dia em que choveu muito.
você e sua enorme presença fizeram falta na volta do amigo distante
no retorno da velha turma.
isto é a vida.
e onde andam aqueles velhos versos?
a namorada mais nova?
qual tua nova mania?

é bom saber que falaram de mim naquele dia...
é bom saber que permanecemos
é muita nostalgia,meu Deus...
sentimento bom e mau.
meu e teu.
meu.
lembraram de mim,que estou vivo.
e eu lembrei do tempo morto no tempo.
das lembranças que devem ser lembradas.
do aprendizado,enfim.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Amor divino

o amor tem caminhos tortuosos
caminhos que até deus desconhece
ora,mas Deus é só.
na sua solidão de individuo,Deus;
Deus e seus dilemas
nós,dilemas divinos...
dilemas de um Deus-menino.
passional,eterno...
seus dilemas
o amor tem caminhos tortos
como as linhas do caderninho de Deus.
-pai sería mãe?
mantenho minha tese;
o amor de deus é o diabo.
mantenho minha tese por fim.
a de que o diabo é homem
e Deus mulher...
E nessa briga conjugal que se arrasta por séculos
esperamos o divórcio definitivo
num apocalipse que nunca chegará...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Bloco revivalista.

a vida divide amigos em partes.
em recordações distribuidas por onde passo.
um gesto me lembra um balbino.
um outro as coisas de menino de um outro amigo.
nelinho.
os Calazans...(O velho e o novo)
como vai a minha familia?
-e por onde andam os irmãos cheick?
a vida sempre aprontando.
indo e voltando...
trazendo e levando..
na vitrina vejo meu passado amigo.
meu presente agosto.
minha vida se divide em dar a devida atenção á camaradas que amo.
a amores que não tem fim...
tem indagações...correntes..
assim como tudo.
a gente ama,e o amor é isso.
sentimento percorrendo tuas veias....teu tempo.
pensamento...
amor fraterno...familiar...
o edifico tende a cair...
os amigos levantam tudo...
andaimes hirtos.
infãncia carirí.
mudanças...ciganos...
êita familia maluca meu Deus...

Mãinha com seus cães,gatos e etecetaras...
minha familias se inunda em tatuagens diversas...se pinta
se borda.
meu velho contabilista se esconde de tras do balcão.
de baixo da gravata...das mangas dobradas.
'por uma varzea alegre melhor!'

eu crio barba
crio trauma
crio gosto pela leitura.
crio sons...
escrevo como um crônista moderno.
quem mais não escreve a sí proprio em seus romances...?

amigos...
sinto falta de brincadeiras no mirandão.
de danilson com seu futebol argentino-cratense.
de piadas de uns camaradas que nem sei mais por onde andam?
antuérpio?
pepim!
saltinbanco,tiririca,capoeira,futebol...
bebeto e romário...é tetra!
meu tempo ta passando...e só os amigos ficam...
só os amigos ficam...
canoa-quebrada.
infância maluco-beleza
a lua e a estrela...a vida,
a brincadeira.
dedé caraço!
salve,salve!
e tome nostalgía...
boboca e seu carro velho.
o marista de champagnat...
geo crato,carirí...
salesianas é aqui....
em mim..
meu baú de lembranças se abriu esta manhã
nesses versos inocentes...
nesse bloco revivalista solitário...
nesse menino que esquece que cresceu...
ah...mário quintana...
ah...meu bloco é nostalgico...
hoje é aniversário de minha memória.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

sem seguidor.

poeta solitário.
poeta praquê?
poema sem destino.
destino praquê?
poema e poeta...ambos sozinhos.
companhia praquê?

praquê!?
pra musicar.
edificar.
pra ser.
poema e poeta.
solidão não há vento que salve.
não há barco que navegue...longe...
sem seguidor...
tua verdade assim é só tua.

teus poemas são silencio.
assim como você.
sem seguidor.
não tem discipulo.
não tem testemunha.
adimirador.
não tem opinião á respeito.
nem contra
nem a favor.

sem sentido?
nunca.
a voz que me faz cantar é calada como eu.
que canto...canto...
hoje canto sozinho..
e amanha já é outra estória...

poema-politico

vote em mim.
simples assim.

sábado, 21 de agosto de 2010

bruce lee

a eterna luta contra deminios interiores...
o sol se põe ate para o guerreiro oriental

vida moderna do homem da cidade grande.

o homem acorda e olha pro sol
levanta e pensa na vida
anda e vê margaridas.
chega no trabalho.
sorrí.
sorrí da repartição.
dos problemas corriqueiros.
da piada do mineiro.
do poema do mineiro.
o homem almoça num restaurante barato
fritas e feijão no prato.
almoça.
uma cerveja.
um cigarro.
desata o nó na gravata
assanha o cabelo ondulado.
cabelo marron.
é estimulado.
dia-apos-dia
á viver programado.
como um robô.
paga conta
prestação.
se arrisca diariamente nesse mundo virtual.
vê tele-jornal.
sites na internet.
o dia termina com uma tímida visita á sites pornográficos...
dorme homem o homem só entao.
pensando em tudo o que fez no longo dia vazío.
pensando no ovo que fritou no jantar
na louça suja na pia.
vida moderna...

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

tempo.

o tempo é o pai.
o destino.
a aventura.
o tempo rege.
cura.
brinca....
o tempo é rei.
é menino.
é eterno...
o tempo é Deus.
sou eu.
é você.
o tempo é relógio com pressa
é menino malino.
é um velho sentado numa cadeira de balanço.
é uma velha em sua maquininha de costura.
o tempo é valsa.
é tango.
é drama.
é tudo...
são tic-tac's eternos...
é repetição de um mesmo absurdo universal.
a vida.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

monodialogo.

vida louca...
o mundo gira e quando a gente vai ver....ja ta longe do que queria ser...de como queria estar...e simplesmente agradece por poder estar vivo...alias permanecer sobrevivente....
nesse mundo cão.
nessa solidão diária.
nesse mundo solitário.
na primeira decada deslumbramento
na segunda descoberta
na terceira vida nova....vida besta meu deus...
descobrimos e deslumbramo-nos em cada minuto do dia.
apaixono-me por tudo
desencanto-me com tudo.

a vida é feita pra viver...
e por acaso vivemos...
traçando metas e planos malucos...
costurando entre outras vidas laços fortes
irmandades.
eu vivo quase que sem vocação...

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Embriaguez...

Embriaguez...
cerveja aberta não me indica nada;
terceira?
quarta?

nada á não ser piada.
minha rima parece triste.
meu eu parece outro.
nada.

me beija,parece falso.
me deixa,parece louco.
e eu embriagado como um bom menino.
digo;salve-me daqui.

parece ate poesia,
não pertenço mais a música.
pertenço ao reino dos desgraçados.
impossível...
...no meio do caminho havía uma pedra....
perdí meus ídolos no meio do caminho.
no meio do caminho achei uma cerveja.
no meio do caminho achei um bom mural.
havia um muro cinza pintando meu caminho.
havía um muro verde pintando a capital.
me diga fernando sabino.
o sr. não ja me escreveu em vida?
estou tonto como um bêbado...
bêbado como um tonto...
as coisas se embaralham em minha cabeça;
embriaguez não cura nada.
talvez eu escreva um romaace.
drummond,eu quero um poema.
embriaguez deixa a gente comovido como o diabo...
um beijo na testa.
ah,um beijo na testa...coisa de bêbado.
como a gente é tonto quando embriagado...
tonto como o diabo.
como o diabo...

domingo, 18 de julho de 2010

homem de vida breve.

o que houve com você homem de vida breve?
não se leve tão á serio.
homem,a vida é tão bruta.
é tão crua.
é tão tua.
e tão impossivel...
vá e busque...
vida.

o que houve com tuas rimas?
e tuas boas maneiras?
nenhuma!
nada!
houve um tempo em que a vida era outra.
mas sempre foi breve.
tanto pra você,quanto para baudelaire.

enxugue o rosto e siga lord byron!
ande jack london!
aprendiz...
homem de vida breve...
tome cuidado para não se perder nesses clubes de esquinas perdidas...
tome cuidado...
seja cauteloso...como jamais foi.
como nenhum de seus ícones...
como você não é.
a vida é breve...
se aventure...
oh,não se aventure,
tenha coragem.
oh,tenha medo.
pavor..
pois a vida é breve...
-pior seria não nascer...
a vida é longa como um sonho.
acorde...viva.
homem de vida longa.

sábado, 17 de julho de 2010

relógio na asa de passarinho.

o mundo gira com pressa.
o relógio tao pequenino passa em tic-tac's de suas verdades.
eu observo o mundo calmamente.
meu relógio marca alguma hora.
hora de fugir.
horarios...
vejo o mundo como o tempo o vê.
efêmero.
-e o tempo lá vê nada!?
tudo esta aí;claro,em baixo das barbas de deus...
o mundo,
o sol.
e eu cantando verdades que música alguma há de traduzir.
musicar...
a bagunça musical cotidiana.
o silencio desordenado.
e que horas marca meu relógio de pulso quebrado?
o mundo gira depressa....como é veloz esse mundo!
e eu que não uso relógio algum...
que minutos tenho eu pra desfrutar senão os que desconheço?
o mundo é veloz,sim...
...mas eu passo como um passarinho...

quarta-feira, 14 de julho de 2010

claridade;

claridade...
é tempo de evoluir.
entender de outra forma...
o céu clareia de um jeito novo.
um jeito meu.
o domingo parece um dia que nem sequer existe na nossa semana.
uma mistura de sábado com não sei o quê.
uma coisa parecida com os meio dias de sabado com as noites de sexta-feira.
as tardinhas de uma quinta...
a semana que não existe.
claridade...o céu clarinho num dia que não batizo...-ou batizo e não sei?-
chamo-o de claridade...mesmo a noite.
segunda.
terça.
quarta.
quinta.
sexta.
sábado,domingo e o oitavo..
o misterio que invento.
o dia a mais na semana inexistente desse mês maluco.
um poema talvez...
posso chamar de dia.
de noite.
de filha...
claridade...


teu nome é esse dia que não cabe nas semanas normais...
habituais..
chamo-o de claridade...
chamo-o assim...

Rubem Braga.

Velho e feio.
com cara de mau.
jovem velho,com jeito de pai.
de tio desconfiado.
escrevía como um rapaz
um jovem rapaz apaixonado pela vida.
eternamente encantado
com suas crônicas diárias.
velho e feio uma ova!
lindo como marlon brando jamais foi.
lido com entusiasmo por mim,que me espanto...
por que falta tanto,o velho braga nas livrarias?

sexta-feira, 2 de julho de 2010

copa do mundo.

copa do mundo;
02 de julho.
o brasil perde na t.v.
galvão fala com uma voz rouca.
o pais se decepciona.
copa do mundo é outra estória
cadê kaká?
camisa dez...
cadê brasil...?
o Brasil perde na áfrica
van percie
van bommel
Vambora!

alguém tinha que pedalar;
pedalamos nós...

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Eu te conheço. (monodiálogo)

Te conheço homem do espelho.
sei quem você é.
você com quem tanto convivo.
a soma de todos os meus medos;
o sumo de todos os meus ídolos.
eu e o que costumo escrever.
logo,o que sou.

eu te conheço menino de barba e bigodes.
aonde você vai com essa cara de bom moço?
eu reconheço teu timbre vocal,tuas caretas manjadas.
de quem você puxou essa mania?
a quem devo agradecer pela concepção?

te conheço rapaz distraído.
te conheço menino malino.
homem sonhador.
conheço bem as músicas que você inventa.
as tuas letras tortas de falso português inventado também.

conheço tuas rimas.
teus amores sinceros.
teus verbos.
teus nãos.

conheço sobretudo o teu valor.
a tua luta.
cada parte do corpo canta(já diria Drummond mais ou menos).
cada parte do mundo escuta,tenta escutar...
entender?
aí já seriam outras definições.

conheço você rapaz.
que não faz mal á ninguém.
que respeita de mais.
que foge.
finje.
é.
te conheço tão bem....

.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Vitamina C

Ah...minha saúde!
eu que pouco consumo álcool
quase nunca filo um cigarro.
logo eu.
me sinto cansado como um velho
como um velho que pede arrego.
como um jovem que pede arrego.
não vou tirar o pé.
tratarei da alma.(tirarei da alma)
eu que me perco no mundo
que pouco costumo incomodar.
ah...deixa eu respirar vida minha.
aguentarei outros vinte-e-poucos
mas não sob o mesmo rojão.
oh não!
hoje sou eu.
o dia é meu.
e é inteiro.
e eu careta como um velho,digo:
"que agora, e desde agora será assim..."
Saúde!

Ontem choveu.

de surpresa choveu.
derepente.
assim surpresa,vapor.
mormaço.
corri.
corremos.
me escondí daqueles pingos tão quentes.
quanta diferença...
diferente foi minha outra chuva.
minha chuva em outros tempos.
outra chuva.
outros tempos...
ontem choveu.

choveu diferente.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Até o limite do olhar...

Eu estava radiante,feliz por poder viver num lugar tão calmo.
te encontrei,nos encontramos,por acaso -meu deus-mil acasos!
passei com você a tarde toda,que passou como se fosse em minutos...
foram horas,nossas...horas fugindo insistentmente nesse relógio maluco das irresponsabilidades..
e eu tão prudente...responsável.
Conversávamos sobre o tempo,sobre a novela,sobre o flamengo,sobre o Quintana.
Ah...as crônicas do velho Braga."ai de tí,copacabana!''
falei de mim,de meu novo affair,(affair?)
de meu mesmo amor,de meu antigo sentimento remoído,tão presente.
(tão particular,tão nosso,perdido no meio desses turbilhões diários,ventanías soltas...)
havia uma recíproca tão sincera,havíam lágrimas também,veja você.
Eu estava simplesmente feliz,esquecendo de tudo,de tudo!
lembrando somente do último encontro,
em que nos vimos,assim de relance,da lágrma ao riso
do medo,do amor.
do medo do amor,
voce tens que ir (tic tac..na 'andança' das horas...)
na pressa que tudo impõe...

já estava na hora.
te acompanhei com o olhar o quanto pude...
como se te guiasse...
como se eu pudesse...
você dobrou a esquina,por fim
parecía o fim do mundo...

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Ah...o futebol...

Nas ruas o povo solta fogos de são joão.
comemora o empate clinico da seleção.
o povo solta fogos de comemoração.
e na tv,o brasil brinca de não empolgar.

O povo respira copa do mundo.
a copa que celebra a áfrica.
'hakkuna matata'
'bafana,bafana'
nelson mandela...

O Brasil se pinta de verde e amarelo.
veste por fim seu uniforme favorito.
veste junto de um grito.
torce em meio á tantos fogos.
o fogo do revólver.
o fogo dos cigarros.
e o fogo das passistas de carnaval.
o fogo de são joão.
o fogo dos isqueiros dos dependentes.
craque!
crack!

2010,o Brasil ensaia pra próxima copa do mundo.
a copa do BraZil.
levaremos a caneca?
encheremos de quê a caneca?

estaremos preparados?
oras,mas ja dizía o samba,a taça do mundo é nossa...
de quem mais seria?
o futebol inglês não pertence á fria inglaterra.
é nosso...do brasil de tantos craques...
nenhum cruiff,nenhum beckenbauer,nenhum platini,nenhum rossi...
mas cheio de silvas e silvas...
de souzas e souzas...
de antonios,franciscos e nomes misturados...
galinhos,garrinchas e pelés...
de edsons á ronaldos...

Êta pais cheio de problema...
trazer copa pra cá pra quê?!
gastaremos nosso suado dinheiro em criar tapetes modernos
para os meninos brasileiros criados na europa dançarem,
para ganharem milhoes em cima de nosso 'PIB' emergente.
seremos o país do futebol...
mas nós não já o somos?

ah...isso num é poesia (é reclamação...)
tem dia que acordo chato.

Tem dias que nem o grito de gol pode libertar...
samba país...
ou melhor,PEDALA!

here comes the sun

here comes the sun...
it's allright!

andava carente de sol.
queria seu brilho em minha testa.
sua paz entre meus dedos.
seu brilho solar enfim...

agora que estou aqui embaixo desse solzão
percebo que quero mais que isto.
quero a sombra também.
quero-a.

dentro do mar salgado.
eu e meus pensamentos,molhados.
a dúvida.
a vontade.
o medo.

it's allright...
sun,sun,sun...
here comes...

coisa boa é sentir o vento
é não se preocupar.
é saber qu não importa o que aconteça
a vida há de te trazer o melhor caminho.
a melhor opção.
coisa boa sentir o vento.
e só.

por onde voce anda nesse planeta gigante?
eu encontrei alguma coisa embaixo desse calor de verão.

but,its been a long,cold,lonely winter...
little darling...
where's the sun?
where are you?
where?

its allright...
its allright...

sábado, 19 de junho de 2010

em cima do muro.

estava moleque no muro do mundo.
duas cidades.
duas belezas.
estava dividido como israel e palestina.
estava eu somente observando
vasto mundo.
eu olhava a todos nos olhos.
um por um.
olho por olho.
fugía de encarar,encarando.
assobiava em cima do muro não tão alto.
assobiava por que?
de um lado um mundo.
do outro um mesmo mundo igual,diferente.
outro?
era eu me dividindo e querendo escolher mundo qualquer.
sorria para um lado.
chorava para o outro.
sorria e chorava como menino sozinho.
havia um sol me queimando a testa suada.
o muro era de dia.
a noite não era muro sequer.
a noite eu só dormía.
adormecia para o mundo abaixo dos muros interioranos.
dormia sobre ele.
acordei quase caindo...

quinta-feira, 17 de junho de 2010

não viverei o bastante.

não viverei o bastante,por exmplo para ver aquela árvore crescer.
não verei o que será do mundo daqui á cem anos.
não verei se teremos ou não triunfado sobre o clima.
não verei as novas tecnologias.
não verei a vida vindo de longe.
os hermanos inter-galáticos.
não irei comer das comidas sintéticas.
das cores prateadas (que tanto imagino)
dos lazers.
dos vários efeitos especiais que por aí virão.
não viverei para ve ver o mundo igualitário.
verei sim,nos nos tornando maiorais.
o Brasil vendendo suas florestas
enquanto o mundo finge que se importa com nosso curso natural.
não viverei o bastante para ver as novas doenças.
a radiação.
o novo tempo,emfim...
viverei para ver o Brasil se tornar o primo emergente das nações unidas.
Viveremos sim,meu deus...
estaremos casados?
serei veterinário?
ou supertramp?
como serão os carros?
como será o futuro?
oh,não...não quero viver o bastante....
para ver os novos costumes.
para ver a evolução
para ver a ciência.
para ver o quanto nós estaremos cem anos adiantados daqui á cinquenta.
eu não viverei o bastante...
....a não ser que os homens nos surpreendam...
e transformem o homem moderno em homem imortal.
ai sim,o fim chegaría em menos de cem anos.
não viverei para ser imortal....

quarta-feira, 16 de junho de 2010

jokerman

não pensem que serei sempre o sorriso por tras da fotografia.
que serei o poeta que não se atreve.
o menino que nem se mede.
terei planos e tirarei da manga as várias coisas rebeldes que guardo também no peito.
serei ávido,como o tempo.
voraz e paciente como ele.
escultor de situações.
não pensei que serei revolto por simplesmente sê-lo
serei guerreiro.
um dia o leão há de rugir.
tenho lá os meus segredos.
tenho momento de fúria.
de ira de incompreesão.
e isso é justo?
sabe se lá!?
vivemos em selvas...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Antes de mais uma copa

É 2010,não 70.
tem kaká,não pelé.
o futebol virou outro.
o pelé virou outro.
somos penta.
somos lentos.
o Brasil ainda caminha.
engatinha para um dia ser.
'o país pra inglês ver'
o país que sonhamos,
sem generais ou coronéis.
é 2010!
o ano do hexa talvez.
o ano em que teremos seis
estrelas no peito-brasil
coroando nosso esporte maior.
nosso samba-esportivo.
é 2010.
a camisa amarelinha ainda é motivo de orgulho.
o time pode não ser como 'aqueles'
mas é o time que seremos nesses dias poucos de euforia nacional.
....seremos todos uma só camisa.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

É presciso nomear as coisas.

"como é o nome disto?
como se chama aquilo?
é um sentimento novo.
é ruim.
muito ruim.
é nó.
nó cego.
eu,escoteiro não sei desatar.
como se faz pra sair disto?
pra entrar naquilo?
pra caber num contexto?
pra caber num estigma?
quando foi que me deixei entrar nesse buraco?
naquele que cavei com as mãos.
eu quero nomear os sentimentos.
os meus e os dos outros.
mas é tão ruim;.
é tão dificil.
é presciso nomear as coisas.
todas elas.
mas não sei agora o nome do que senti ontem.
não soube ontem o que sentiria agora.
não saberei como vou me sentir amanha.
não sei como essa dor no peito me deixa tão calmo?
como eu e minha imensa vontade de voar ainda não caímos montanha a baixo.
não cairei.
nomearei tudo o que desconheço.
e passarei á conhecer.
tudo.
tudo no mundo.
com toda a bondade que me foi dada.
com o todo o discurso que me foi dito.
e com o todo o sorriso (inteiro) que me faz parte.
eu nomeei meu mundo.
te nomeei nele.
e você sabes tão bem.
é presciso crescer,pequena.
é presciso ser simples.
sobretudo não se deve ter espaço pra culpa alguma.
somos todos escolhas.
e isso não fui eu quem nomeou.
tava no mundo desde antes de mim.
antes de ti.
antes ate mesmo do barro.
do éden.
da maçã.
nomearemos tudo quando for a hora.
de nuvens coloridas á pessoas distraídas.
de canetas azuis á folhas em branco de caderno velho.
nomearei...
so sei que é presciso nomear as coisas...
na grande pressa das coisas passamos sem saber o nome do mundo.
passamos com pressa e solidão.

é presciso configurar o mundo."

sexta-feira, 4 de junho de 2010

preguiça;

deito em tuas coxas.
em teu peito.
deito somente por deitar.
acalanto trará?
a paz que procuro.
em tuas coxas.
em teus olhos.
calados,tao jovens.
olham para mim.
com respeito e zêlo.
com um medo quase adolescente.
deito em tuas praças.
em esquinas e gramados.
como é bom estar deitado.
em redes imaginárias.
em redes em varandas ao vento.
acalanto ,cafuné.
sou eu todo seu em teus dominios;
sou eu pedindo para simplesmente ficar.
em ti.
sob teus cuidados.
observado por teus olhos.
beijado por teus lábios.
como não cuido nem mesmo de mim.
é tanta aventura meu deus...
é bom estarmos com uma preguiça mutua;
eu em tuas pernas.
você em meus braços.
ambos,preguiçosos...
dormindo e sonhando.
dormindo e não querendo acordar.
fugindo de algo talvez.
achando algo.
algo bom.
continuemos com preguiça minha morena.
deitaremos sempre nessas redes e ruas da via.
o mundo é de verdade....E é tão preguiçoso.
QUERO SIMPLESMENTE SORRIR....


quero cuidar de você.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

me dê noticias da vida...

pois bem,como vai?
como anda a batalha meu pobre rapaz?
eu sei que é dificil.
não vá se entregar.
você teme e teme,e sequer ainda venceu.
batalha que seja.
venceu?
a sinceradiade de teus pensamentos tortos
que compreendo tão bem.
é a principal delas...
a luta consigo mesmo.
o medo de opinar...
de seguir.
de ser.
compreendo bem rapaz,como compreendo
mas se puder me dê noticias da vida.
me diga que melhorou.
que cresceu.
que crescemos.
pois bem,estou reclamando teu comportamento jovem rapaz.
jovem amigo...silêncio é melhor,vá por mim.
palavras infantís são como vendaval...
rodam e destroem,não causam nada á nao ser compaixão desmerecida.
pena,embaraço...
a sinceridade é a chave de uma fechadura tão,mas tão maluca...
compreenda meu silencio.
com o mesmo silencio que dispõe de minha parte.
as lembranças nunca serão apagadas,
no entanto tem coisas que merecem ser respeitadas.
e não faladas por raiva ou descredito...
o orgulho deve falar mais alto...(pois ele nos molda a cada ano)
não aquele orgulho machista
mas aquele orgulho humano.
aquela verdade tão dita.
aquele orgulho de ser o que é.
e de saber onde se erra.
e assim respeitar as decisões alheias como se fossem as suas...
ainda mais as minhas que nos tornam tão proximos.
amigos.
se não houver sinceridade o que há,então?
me dê noticias da vida.
quando ela estiver melhor.
quando enfim for realmente progressiva.
quando o sorriso não for comprado.
ou quando simplesmente sentir vontade.
mas respeite meu silencio e minhas decisões.
escolhas todos temos...
e saber da importancia de todos os dias em que descobrimos e julgamos juntos o mundo.
o maluco mundo que nos cerca.
as coisas ilìcitas,as coisas infantís,as coisas que devem ser analisadas,usadas,descartadas...
as experiências,enfim...não importa nada...seremos sempre uma boa dupla.
amigos sinceros surfando no bonde da vida.
mas a vida tem escolhas loucas.nos faz decidir coisas impensáveis...
...me respeite,que farei o mesmo.
algo mudou nesses dez anos de estrada...no entanto meu velho amigo,
ainda te amo como a um irmão.
o sol se põe todo dia...
todo dia é dia de pôr.
ninguem é imbatível,até o sol se põe.
e nasce e dorme e nasce...a vida meu caro,também é assim...
respeito por coisas importantes é o que há de mais importante nessa vida.
portanto,cresçamos...

quarta-feira, 26 de maio de 2010

coisa nova.

acordar cedo.
levantar logo.
cedinho.
o sol nem é sol ainda..
é tudo ainda meio frio,meio noite.
madrugada.
é coisa nova.
novo é o sentimento de acordar e viver,como antes.
como quando acordávamos e quase que sem querer (ou saber) reclamávamos.
de tudo.
da chuva.
do sol.
do tempo.
(oh tempo)
é bom poder acordar um dia com algo novo pra investir.
acordar cedo,logo,o dia já ta ali começando.
ja ta ali terminando...
-vai lá,trate de vencê-lo!
mereça-o.
coisa nova é estranho...
é surpresa...
é recado,não recado não...antes fosse.
é bom receber no peito m frio de preocupação adulta.
responsável.
não sei ate quando durará esse meu empenho repentino.
vesperino.
empenho meu...tão válido.
caleijado.
coisa boa é ter coisa nova pra contar.
é ter noticia boa pra dizer.
é ter e não ter tempo.
bom é ser produtivo plantando flor.
colhendo satisfação... alimentando e comendo desse trabalho.
saboreando a nova estratégia.
sem abandonar a poesia.
a vida é uma arte.
é dificil tecê-la...
a luta é ardua...e justa,a vida é sua.
coisa boa é coisa nova....
( ainda que seja uma flor...)
é de coisas novas que a vida é feita.
a cada dia.
cada um que se livre de suas bugigangas...
de suas bugigangas...

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Cegueira

eu não sei muito bem das coisas.
há algum tempo achei que sabía.
sabia nada!
não sabía....
supunha com meu peito cheio de vontade.
supunha sobre a bondade,sobre ser algo de verdade.
eu não sei de nada.
o que eu sei sobre o amor?
o que eu sei sobre a vida?
tenho alggum poder em ficar aqui sentado escrevendo?
me indignando,diáriamente.

bem,eu confesso,não sei de nada!
nada mesmo...
são tão cego quanto a noite...quanto o dia.
noite escura,dia nublado.
eu não sei de nada mesmo meu Deus...
a vida começa aos quarenta disse alguem no auge de sua sabedoria.
e ate os vinte e poucos,ensaiamos...
ensaiamos tudo.
o primeiro amor.
a primeira lágrima.
os primeiros sentimentos...o adolescer...
eu não sei de nada...
escrevo para aliviar-me.
e depois ao ler,descubro que não passou...
ou passou e eu não deixo ir...
-vá embora indagação,vá embora!
eu permaneço cego.
sigo tentando descobrir coisas...
sigo fingindo bem que as descubro.
espero meus quarenta.
espero ensaiando também.

sábado, 17 de abril de 2010

Nostalgia

O mundo anda veloz.
demais até,ontem eram os 80.
hoje batemos na porta do futuro programado para os anos 2000
sinto dor latente no peito jovem-que nem-viveu.
sim,o mundo anda veloz e eu,inerte.
não viví.
passei pelas coisas do mundo
sem ter vivido.
tomado por nostalgia.
levado por ela ao passado.
vivido nele.
no mundo e no passado.
e isso não é vida camarada entusiasta.
não é nada...
alguma coisa há de haver no futuro.
alguma bondade.
um mundão enfim.
era outra coisa á dez anos atras.
eu.
o mundo.
as coisas todas eram outras.
parar machuca.
é tempo de seguir em frente,camarada.
é tempo de remar pra frente.
é tempo de ser contente.
é tempo de toda qualquer hora ser.
o que quer que seja.
serei eu nostalgico e contente.
com um pé na cor preta e branca do passado.
com a mente no multicolorido futuro cinza.
é tempo de ser qualquer coisa.
é tempo de ser letra e canção.
construir uma casa.
e viver nela.
quase me esqueço que ter uma casa
é também sê-la.

uma rede na varanda.
contas ápagar.
uma cozinha fresquinha.
um banheiro,um quintal.
uma vida...um lar...
quero eu ser também meu futuro.
quero subir meus muros.
e deitar-me nessa casa (que ainda não existe)
e por fim,sê-la.
como todo mundo...

Marrom.

A cor da pele daquela menina,é marrom.
marrom como meu cabelo.
marrom como terra,barro.
é uma cor bonita.
como seus olhos também amendoados.
marrons,como chocolate,bronze.
é um quase ouro no olhar
é sua pele revestindo um todo.
ela é morena!
morena marron,
idiscutívelmente linda.
daquelas mulheres que nos apaixonamos por sua cor.
por seu castanho charme brasileiro.

por seu sorriso infinitamente branco.
branquinho.
seus dentes.
por sua marroníse latente.

como são receptivos seus olhos,cabelos e pele,marrons.
sua alma mulata.
sua cor de jambo.
meu encanto.

Não me canso de olhar suas curvas marrons passarem por mim.
danço eu também esse reggae...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Ladrão matinal

um passarinho passou e levou,doutor
meu poema sim senhor.
acredite.
passou e batendo asa se foi.
levando minha folha branquinha.
levando minha ideinha sem rima.
era tão bonitinho.
eu falava da luz...
se não me engano.
o passarinho o levou no claro sol de todo ano.
debaixo de poucos graus de manhã;
passarinho também é poeta.
é gaivota.
levou meu poema.
e espero que tenha assim(pelo menos)
quase que por acaso,
lído para Deus,as minhas palavrinhas sinceras...

quinta-feira, 15 de abril de 2010

severino,o severo.

imagina só,rapaz.
se você vivesse com essa estranha raiva sobre todas as coisas.
é quase um senhor.
não deves ser tão adverso á tudo.
praquê não sorrir?
por que torcer a cara?
são só pessoas vivendo.
buscando assim como você.
ser sério não é ser careta jovem idoso.
você fica com essa cara de preocupação,o tempo todo.
logo você que ama tanto viver.
que toma banho de mar.
que se embebeda com o vento.
que dorme despido.
que espera carinho ao pé do ouvido.
que o distribui também.
chega de ser tão severo homem!
sorria,
beba vinho aos domingos.
e não se atreva a se cobrir da chuva;
você parece outro.
se eu não te conhecesse tão bem
diria que és minha identidade secreta.
mas não é.
não podería.
a mim estão reservadas outras aventuras.
outros mundos
empestados de possoas que você tanto odeia,
mas que eu aprendí a lidar.
outros mundos severino!
você vive no seu fechado portão.
rindo das mesmas piadas.
solicitando atenção para as acusas nobres.
ora,isso é bobagem,desde o início.
o mundo não é bom.
nós somos.
e ainda assim,não somos bons o bastante para ostentar esse orgulho...
severino,o mundo é severo.
assim como suas coisas tímidas,rígidas...como pode?
eu aprendí a lidar.
e você que de tudo faz batalha,
me convida para gladear...
logo eu?
o poeta,o maluco,o cantor?
severino essa batalha é tua.
é homérica,digna de herói.
você,hercúleo,mercúrio,nadante.
não seja tão duro.
não tenha tanta vontade assim,
o mundo é também desleixado.
tem dia que o mundo parece um domingo.
e você permanece com essa cara imediata de segunda-feira?
relaxe,não tenha raiva dos ignorantes.
alguem disse num livro antigo que o mundo é deles.
e eu digo:
o mundo é realmente deles meu amigo.
aquele mundo que chamamos de 'mundo desleixado'
é bom não se contentar.
mas é presciso lutar contra as coisas certas.
cativas.
sempre existe um lugar esperando para ser colorído.
a maioria não o vê.
queria que você pudesse ver isso,camarada.
...como eu quería...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

esperança

'um besourinho verde passa todo dia pelo muro marrom.
o muro marrom parece cinza em dias de chuva.
o besouro verde parece gafanhoto.
feio.
mas com um lindo nome.
nos o chamamos de 'esperança!"

magrinho e desengonçado.
timido e pequeno.
esguío,esperto,lento.
sabedoria de besouro que é.

mas se chama esperança.

esperança.
se arrisca todo dia no muro marrom,
no cinza muro de chuva.
volta todo dia com uma folhinha.
esperança.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

das coisas da vida...

a vida tem dessas....
a gente promete.
despromete.
cumpre.
não promete.
vive,espera,ansêia.

a gente sonha.
como criança.
a gente idealiza como criança.
a gente chora como criança;
e faz papel de adulto.

a vida é curta.
e grosseira.
cheia de gente crescendo
e querendo dar o melhor de sí.
é um atropela geral.
é uma batalha então.

eu a vejo como valsa.
como um reggae claro,clamo.
e sem exageros naturais.
sem danificações.
só e somente a dança pela dança...

a vida pela qual vale a pena viver.
a verdade de meus olhos castanhos.
a verdade acima de muita coisa
a verdade,que é de todos.
a vida.

a vida tem dessas...e tem tantas.
a gente ama
e ama.
e espera...e ama...
a espera é pura e nua.
porém,é ainda espera.
cortante,tímida,rasteira.

a vida tem dessas...

As fotografias sem sentido,o sorriso sem sentido.

As fotografias sem sentido.
o sorriso sem sentido.
a procura por um real sorriso.
o sorriso comprado na banca de doces...
usado em festas semanais.
não cansa?
cansa sim,o mesmo usado sorriso.
a mesma atitude então.
se procura.
não se encontra.
E então marina?
você que fotografa o mundo.
que posa pra fotos polaróide.
que de tudo tem uma opinião.
que lê revistas.
e tablóides.
que ama carolina,outra menina.
que é moderna como lampião.
continua numa prisão mental.
numa cela capital.
de quê adianta tantos banhos de piscina?
tantos planos verdadeiros...
não fazem sentido tuas poses.
teus sorrisos diários.

teu lamento sincero,vale mais.
aprende.
a foto séria também tem sentido.
o sentido é todo dela.
a seriedade.
você em três por quatro.
e não há liberdade que resolva.
é dentro de você que mora a divisão.
o inferno,a batalha,a navalha,o amor.
dividida devidamente dividida.
você e o que você nunca saberá.
e quando você souber sorrir.
e aprender a ser.
ser de fato algo .
não tanto se procurar.
nem se preocupar.
a vida será outra.
você será leve como sonha ser.
e será sua.
toda sua.
como poema.
viver é simples.

agnóstica ou não.

talvez depois passe tudo a ter sentido.
á ser devidamente sentido.
colorido.
sem influências externas.

palavras,

é de sentido que se trata.
e também de procura.
e encontra.
ai terão;
uma vez encontradas,
as fotografias com sentido.
o sorriso enfim...

o sorriso leve e sincero que tanto procuramos todos os dias...

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Agora.

Agora o tempo passa tão rápido.
houve um tempo em que os ponteiros nem se iam...
o tempo da pureza,tempo vago de infância.
agora o tempo é como flexa.
passam dias,décadas,séculos...
passam no sabor da evolução cotidiana.
nos inventos revolucionários japoneses.
Agora tudo passa mais rápido.
e tudo custa mais caro.
rápido e caro como gozo real.
imediato como palavra de prazer em tempo de lágrima.

Agora brindamos outro mundo.
o amor continua intacto guardado no peito dos amadores
(Amadores amadores)
Agora tudo é novo.
e a humanidade quase retrógrada não acompanha o futuro.
acompanha tão bem que quase ultrapassa,erradamente!
ultrapassa.
nós provincianos ficaremos para trás...
ora,o mundo é dos pós-modernos.
agora já é futuro faz tempo.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

não presciso de muito

para viver bastam duas mãos.
saber sentir sabores.
saber fugir de dores.
saber absolvê-las.

não se prescisa muito.
é coragem que te falta.
é dinheiro?
é palta?
o que é?

para viver basta coragem,imaginação e zelo.
um bem cuidado eu interior.
um bem moldado retrato exterior.
para viver bastam as passagens.

Eu não presciso de muito nessa vida.
BASTAM DUAS MÃOS,
para atacar.
apaziguar.
defender.
duas mãos.

não se precisa de muito.
tudo se consrtói.
e se constrói.
e se constrói.

dinheiro se queima.
passagens se entrega.
guardemos os velhos tickets.

o combustivel se queima.
tudo é efêmero.
eu não presciso de muito.
um tijolo de cada vez...

mar de coisas.

casa.
carro.
moto.
porta.
janela.

tudo de todas as cores.
de tudo o que é jeito.
tudo junto feito tinta.
feito cor em aquarela.
borrado.
na mente do poeta tem gente .
na mente do maluco tem fumaça.
nas cores dos meninos outras cores.
cortinas,serpentinas.
velhos mapas.
na cabeça de um homem cabem tanta cores quanto um céu em dia de arco-rirs.
sol.
luz.
água.
rainbow!
é tanta bagunça...
é tanta bagunça...
amo a menina com o cabelo amarelo.
amo o amarelo do sol em dia de verão.
mar de coisa.
oceano molhado,
eu abraço o mundo...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

novo mundo.

a cada dia se cantam um novo mundo.
novos habitos.
jovens novos na tv.
bandidos no tele-jornal.
moderno,retrô.

a vida não é tele-novela.
mocinhos não são heróis.
o bom é ser o mau.
o mal com 'U'

não é mais como antigamente.
nada...a vida se tornou um quase souvenir
e os souvenirs mais e mais futeis.
é um novo mundo chegando?
ou sou eu desgraçadamente cantando meu eu 'retrógrado'?

o medo do futuro.
da evolução...
onde vamos parar?
ode ao mundo novo.
novo mundo que se cria a cada manhã
em novos cortes de cabelo nos jovens.
em hábitos,pulseiras e seriados de tv americana.
a vida é mais que isso.
tudo é tão simples.

mas você prefere ficar aí onde esta,
comendo batatas fritas.
comendo batatas fritas...

eu não tenho você.

eu não tenho você.

me fugiu como pássaro livre que é.

me ruiu como castelo jovem,cansado dessa batalha.


me ruiu,e levou embora algo que não nomeio.

nem ouso nomear.

sorrindo para o que fui.

eu nem mais sei descrever...


eu não tenho você.

e não mais esse estranho hábito de enamorar

essa cola.

esse beijo.

essas pegadas.


eu não entendo mais nada...

compreendo tanto,tanto...

que leio poema como se fosse explicação,rudimentar,poetica...


acordo num dia longo.

longo mesmo.

ja se foram os motivos.

jovem poeta.

velho coitado.


domingo, 4 de abril de 2010

silêncio.

oras,não é tristesa.
é senso de humor.

Eu tenho uma página.

eu tenho uma página enorme.
enorme se comparada ás paginas de cadernetas.
pequena se comparada ao tanto de coisa que ansêio ainda escrever.
tenho tintas nos dedos,e na ponta dos pincéis.
canetas manchadas,marcadas de suor de minhas mãos.
eu tenho um caderno e não só um caderno.
tenho um mundo em branco,branco mundo vão...
eu tenho sim,um caderno e um peito.
colorido como o caderno.
rabiscado como o caderno.
raimundo,giramundo,solução.
eu tenho praças apoteóticas.
poesias intimistas.
musicas e musicais...
uma página enorme para mil caracteres.
pequenina para uma frase,desabafo.
meu mundo corre rápido.
gira menino,o mundo gira!
gira na sapatinha de hermes...
sim,eu tenho uma pagina,e nela gruda um poema.
nela estou grudado.
eu tenho uma página em branco.
eu tenho tempo para escrever...

sexta-feira, 2 de abril de 2010

minha voz

rapaz,minha voz é verso.
é verso métrico...
é quase letra...caladinha,mareada.
além de mim...é vento.
é uma força escrita.
sugerida em papéis pelo caminho.
em cadernos anuais.

minha voz é a dor pela dor.
é o grito pelo grito.
é a felicidade enfim..
em mim,a voz são vozes e são várias,
vozes,timbres e poemas.
são vozes como falas escritas.
sugeridas,pensadas...
minha voz é ouvido.
escuta calma e sincera...
é poema pensado sobre fatos diários calmamente.
calmamente...como o paranóico dono dessa voz tão branda...
...que insiste perenemente em escrever.
ela canta e grita.
pinta e borda.
enquanto escrevemos...

segunda-feira, 29 de março de 2010

É tudo mundo...

redondo e gigante.
não,não tanto.

Tem na feira.

hoje dorme
amanha acorda.
acorde.
dó maior.
você até acha que conhece a vida...
e você a conhece mesmo.
mas tem dúvida que castiga.
ou simplesmente duvída.

hoje acorda
amanha nasce.
tem amor pra todo mundo.
não importa se durar...
não importa muita coisa.
só amar.

a vida é precisa...

domingo, 28 de março de 2010

como é que faço?

como é que faço pra escrever um poema
tão bonito quanto iracema?
que rime com ipanema,
que seja somente uma rima.
que agrade ao velho homem do baixo.
que agrade a menina de cima.

como farei um poema que seja eu.
que seja você?
um poema com a cor dos olhos de teu pai.
com a fragrância de tuas jovens titias.
com a vida caramelo das crianças...
como farei pra escrever um jardim?


como é que eu faço pra contagiar e alegrar pessoa qualquer..?
quero escrever esse poema.
esse eu não escreví.
lí de fato os de outros...
mas o meu sobre a vida,ah...esse ainda não.
de certo,terei dos meus...ah terei.
sorriso em resposta á boa palavra.
(ou a palavra de boa fé)
queria poder clarear...clarear o mundo com esse poema.
esse que não escrevi.
(e não sei se escreverei)
como que faço,heim?!

Impossivel fazê-lo...poema vive em´página e bocas ao vento...
ao mundo...talvez,no vale dos poemas esquecidos.
vivam poesias tão unânimes quanto as sete maravilhas.
impossivel fazê-lo...esse poema é võo de ícaro.
É alto.
É alto.

não se escreve esse tipo de coisa...

quinta-feira, 18 de março de 2010

sobre o clima.

mas que canção o vento esta cantando nesse momento?
por que clareiam-me tanto esses raios solares?
as nuvens efêmeras emergem,me cobrem...sombra afinal.
sobram flores distraídas nas ruas.
ruas nuas e cores tropicais.
o sol esquenta de forma assassina.
assassina minha pele debaixo desses quase quarenta.
mas que canção o vento pode cantar agora debaixo desses mormaço?
o mundo segue esquentando,o quente clima enfim...

o vento não canta mais como antes....
vez por outra me passa assobiando.
voa passarinho.
o céu (quente) ainda é teu...

terça-feira, 9 de março de 2010

onibus.

na frente o motorista sorri.
no meio o povo apressado.
lota.
lota.
entrem mais.
logo o onibus lotado.
logo ninguem mais rí.
ninguem mais é.
ficam todos simplesmente,lá.
irritadiços.
olhando loucos para seus relógios.
o cobrador sentado em fogo.
e o povo se estremeçe á cada buraco capital.
a cidade cruzada em minutos.
os minutos quase eternizados.
chega a minha parada.
subo e logo penso:
-meu deus o que vai ser de mim nessa viagem?
e o motorista passa a marcha e seguimos todos rumo á pressa que nos é proposta
dia apos dia.
enquanto isso,o motorista cansado sorri.

menina com cara de sono.

ela era tão linda...
tinha uma carinha de sono.
olhos fechadinhos.
cabelo lisinho.e uma baita cara de sono.
sorria devagarinho.
andava quase desfilando.
e uma carinha de sono...
era bem corada.
tinha bochechas rosadas.
cabelo louro-mel.
e uma quase imperceptível cara de sono.
passeava pelos corredores do centro comercial.
todos á viam,
-que linda.
que linda carinha de sono.

sábado, 6 de março de 2010

reticente.

eu só queria escrever...
escrever sobre qualquer coisa.
sobre a falta de assunto.
sobre o solo de guitarra.
a letra de belchior.
o poema (meu ou de quintana.)
a canção cearense atual.
eu so queria escrever.
e nem lembrar de ti,menina.
não lembrar de nada...
...escrever...dar opiniões.
gratuitamente,ser paralelo.
quero estar disponivel para a vida.
não só poeticamente falando...
quero não ser mais tanto o mar salgado.
como se muda?
o violino continua tocando ....

O que há?

É por dentro.
dói como aquela canção quando me bate.
quando me bate a hora ruim.
quando as coisas entortam.

tremedeira infantil besta.
tremedeira,imagine você.
coração juvenil.
batalha pueril.

são melodias tristes...
que bagunçam a alma.
que espalham tudo.
o que é sentimento,do que nunca vai ser.

eu e um quintal calminho.
o que há?
onde esta a paz?
encontro casual.

onde esta?

sexta-feira, 5 de março de 2010

Eu por onde não passei...

por onde não passei...
sei que tem grama.
que o vento chama.
para dancar.

por onde não passei tem céu bonito.
cinza esquizito.
maracujás.

tem tanto
tanto amor
que o tempo transborda.
as coisas brotam em simples vida.

tudo é respeito.
por onde passei?

onde passei tem um rio.
o ano inteiro.
não é de janeiro.
nem de carnaval.

passei por lagoas.
cantei estrelas nuas.
por onde passei...?

eu não passei pela vida real.
não passei por carnavais.
nem por natais.
programas matinais.
marginais.

passei por outra esquina.
onde me perdía.
onde pendía pra um outro rumo.
onde perdía o tempo (que ja nem contava mais)

eu sorrindo e compenetrado
eu por onde não passei.

quarta-feira, 3 de março de 2010

noturno

eu não escrevi sobre a noite.
não escreví sobre ela.
ela passou e ja é dia..
ficou na memória arredía...como um poema que não foi...

mas que um dia virá...

o anjo.

Menino,passou tão rapidamente que eu nem notei se tinha mesmo asas...

sábado, 27 de fevereiro de 2010

como é?

Tem hora que ate dói.

mas dói tanto,nem parece ser um só ser humano.

não parece ser só minha dor.

mexe com toda a minha magra estatura.

olhos,ombros,dedos,nervos...

o coração bate juvenil.

as mãos tremem como vara fina.

o suor me some,apenas me vem as dores físicas.

clínicas,cá eu estudando tudo.



tem horas em que não há dor,não há nada.

há palavra,sei la?!

refúgio

é algo bom enrrolado em algo ruim.

são coisas novas e coisas simplesmente coisas...

como é?

robinson crusoé

numa ilha...
num mapa sem nome.
numa terra sem lei.
habita o homem barbudo.
habita o dragão solitário...
cade aquele velho motivo,cade?
onde esta tua coragem e vontade?

vive....crusoé...
pega,rema,constroi o barco...
cria,inventa,constroi um arco.
vai a luta.
levanta.
nada..

usa teus dotes solitarios...
pára de tremer e segue...
é uma outra onda...
outras ondas virão...
virão todas...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

menina na rua.

a menina gordinha caminha na rua em linha.
mal sabe ela o quão linda ela é.
perde peso,fica magra.
magra e sem graça.

a menina gordinha caminha
quanto ela ja perdeu?
aquele chocolate que passa
aquela caloria a mais...

menina gordinha na rua.
encanta sem nem saber...
supõe que gordura engana...
engana mesmo...
bobo é aquele que te deixa passar despercebida,menina gordinha.
tua alma é feliz e magra.
e você radiante gordinha...me enche a vida quando passa em linha,
em frente de minha janela...
cada vez mais magra,
e (talvez) sem graça...

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Jarro de flor.

de barro.
de flor.
ao lado do muro quebrado.
pedaço de amor.
um zelo.
um mimo!
veja você.
um jarro de barro com flor colorida.
areia,barro,cor e vida...

hoje não é um bom dia.
sinto minhas dores diárias percorrerem meu corpo.
cabeça,pernas,teto...

olho o jarro de barro com a flor murchinha-mas ainda assim viva-
sobrevivente.
bela e onipresente...
como?

bem no meio de meu jardim..
de meu quarto enfim...
trancada,como eu.
viva igualmente.

algo dói.
tudo dói.
a falta.
o excesso.
de dor?
doi.
sei que dói.
inútil ditarem uma loucura qualquer pra me explicar essa dor.
querem me confundir,olhe só...
incomoda.
como nem sei explicar.
sigo sentindo
o bom e o ruim das coisas.


exatamente como aquela flor,naquele jarro.
sentindo tudo.
e sendo simplesmente 'bonita'.
calada.
sábia até.
a flor e o jarro.
de barro.
e eu...
dolorido e onipresente.
maluco jarro de barro.

sábado, 30 de janeiro de 2010

espelho embaraçado.

O que houve com antiga vida?

aquele antigo eu?

tudo mudou ou foi somente o espelho?

ah! o espelho jamais me faria entender coisa alguma....

nunca me explicou nada...



Que reino é esse dos imbecís que eu tanto tento fugir?

Seria eu também um deles?

não há rosto pintado no espelho.

há simplesmente o reino ficção...

e eu enfeitiçado.

com o orgulho ferido,envelhecido.

por que o espelho permanece embaçado?

essas coisas eu não quero ver...

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

cansado

Hoje não tem palavra de apoio...
redenção.
nem o pendulo que me reflete,passando.
nem diferenças cruciais.
nada me incomoda...
se é pra fechar os olhos para as pequenas coisas
fecharei-os então...
ambos.
e a alma permanecerá transbordando.
enchente mesmo,silenciosa.
contradição....
como posso permanecer alerta se estou cego por conta própria?
aguçam-me os sentidos (até os inexistentes,que passam á existir por criações á parte)
fidedignos.
algo dentro de mim ainda canta (e sempre cantará)
meu silencio que dói se manifesta nessas páginas virtuais.
nesses teclados aleatórios...quantos computadores de bordo meu deus!

escrevo.
escravo.
escavo em meu computador.
minha mente.
minha ética.

hoje tem palavra.
não tem palavra.
coisas digitadas...
...nada me incomoda.
palavras virtuais...
não falta tinta;
não se tem folha.
nada me incomoda...

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Assobio

"É um passaro que me habita...
e em dias como este me faz bicos de canto...
câmera lenta,acalanto...
é tudo flor...e cheiro...
e bico ralo á assobiar...
quase tímido..
quase onipresente...
sou só um homem e um bico assobiando...
coisa qualquer...
assobio pra dias infertéis...
música faz chegar a mágia que tanto careço...
a cidade nada tem á ver com isso...
mesmo sendo buzinas ainda sim é tudo canção...

assobio distraido anônimo e disperso...
...ele não salvaría esta cidade...
...me salva ao menos..."

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

cidade cinza.

É cinza.
tudo!
de volta á cidade cinza.
temos verdes.
e pressas.
e cotidianas coisas.
a cidade parece nem ao menos se pertencer...
É solto.
solto e quente o vento entre os prédios de capital.
É ainda ceará,cidade da luz.
que luz?
a do sinal?
a do sorriso da menina que se divide com o curto tempo do vermelho?
que baila pra você motorista apressado...
que te pede um real trocado.
que me pede um sorriso sequer.
mas o que ela pode fazer com esse meu sorriso gratuíto?
ela não pode comê-lo...nem levar ao pai embriagado.
a luz do sinal brilha.
e os carros brilham também em prata!
a cor do futuro!
tudo tão moderno...
cidade cinza,cinza e prata!
prata,lata....lixo...
é tudo anzol e pesca....exportação.
o sol se deita pra noite cearense....cirsense...
....Alguem deve brilhar sob esse céu negro.
os carros afinal,tem mais pressa...todos tem fome e vontade de beijar suas esposas...
a cidade ainda tem pressa...
permanece tudo muito urgente...
E nada brilha mais do que os faróis dos carros prata que passam
com as suas distintas cerimônias de fuga...

domingo, 17 de janeiro de 2010

manhã,cadê o café?

"Eu tinha sono ainda...
a manhã parecía tão dessinteressante...
e o resto do dia eu nem conseguí supor
consegui(...)
e sem vontades esperava
(com uma vontade implícita e quase secreta
de que o tempo fosse simplesmente passando...)
mas praquê?

Pra que nascer de novo?
as armas eram aquelas...e o dia era todo meu.
ainda sim decidí que não;
não sería.
não saíria.
não lutaría.
não não naquela manhã...
não naquele dia.

Eu guardava um sono estranho por dentro.
uma vontade de quase não ser...
sendo...

naquele dia decidir somente assistir...
...e quase nem me doeu...
havia somente o despertador.
me falando bobagens enquanto tocava
...."

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Cabelos do vento.

"Sim minha pequena!
os ventos tinham os cabelos tão grandes.
que cobriam quase toda a América.
e como parecíam igualmente lisos e revoltos os cabelos dos ventos.
grandes e transparentes,reluzentes.
cores vivas,fraquinhas...
como uma aurora eterna...ou um pôr do sol
vento solar!
é isso!
Sim minha grandona.
te digo como são os cabelos fortes e aleatórios.
ventanías!

Ameríndios...
te digo toda a américa se você deixasse.
contaria de Bolívar á Guevara.
subiría cordilheira.
você pode até suspeitar (adivinho)
enquanto subíamos...
subistes também,comigo.-como não?-
lá em cima!
'para o alto e avante!'

Como posso te contar as coisas,se você esteve lá comigo todo o tempo?

Metafísica?
imagina...
poesía menina,poesía...

E de la de cima o vento era cabeludo e livre.
era colorido e triste.
dançante,nervoso.
ávido de alguma coisa maior.
e eu não o decifrei.

Estava distraido levemente com o sol e as cores americanas.
com a bolsas e pessoas peruanas.
cores -por fim- artesanais.

pronto!

é isso...
Deus aqui,fez do vento artesanato!
colorido á mostra.
transparente alento;
ladrão de ar,cortante até.
porém vento!

Belo e Americano.
os cabelos americanos do vento.
não são louros,como pensava.
eu não decifei a sua cor.
o cabelo icógnito,intacto.
e adimirado (contraditóriamente)
como se Deus permitisse a licença poética...
e assim o faz..."

Na bagunça do quarto.

"CRECK!
CRECK!

São tantos cacarecos....
-não me pise aí senão você quebra o...
CRECK!

Ai,Ai...tarde demais!!

Era um disco que eu gostava.
ou era um outro...?

Tá tudo bagunçado...
alí no canto tem uma agenda cheinha de passado.
(saudoso passado morto)
cá em mim há ainda um presente bagunçado.
há?
sei la?!

CRECK,CRECK!

pisei onde nem devia...
e agora procuro os vestígios...
...do que me foi quebrado...
passado?

ah a bagunça de meu quarto...
meu quarto bagunçado,
como ele só.

vai ser assim daqui pra frente?
CRECK!
CRECK!

Há uma bagunça maior.
uma bagunça que não entendo...

bem maior que a do meu quarto.
quase do tamanho do mundo.
(na verdade;nunca medí o mundo)
que também insisto em não compreender...

CRECK!
CRECK!

Tá quase tudo quebrado nesse lugar...
eu quase nõ consigo sorrir.
e sem quarto durmo.
e sem quarto acordo.
e sem quarto sigo.
bagunçado...."

sábado, 9 de janeiro de 2010

do silencio

ah,me deixe com meu silencio medido.
é preciso calar-se.
escrever de carvão.
só me deixe por aqui...
...que o caminho eu ja sei trilhar...em silencio.
devidamente.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Barba feita,Cabelo cortado.

"...Barba feita.
cabelo cortado.
é issac ainda naquele espelho?
ou outro camarada será?

é isaac.
com dois "A"s
'que nem' na bíblia.
que nem eu.
barba feita!
veja você!

esse espelho emagrace...
...realça minhas bochechas.
não sou eu ali.
eu sequer sabía das bochechas..!?

ainda sim é issac.
existem dois olhos ali.
e a mesma cara de maluco-poeta;
show de thruman.

sorria pra mim mesmo esse moço
sorría de dentro do espelho.
de dentro pra fora
como quisesse sair...
sim,pra mim com um sorriso que conhecía bem.
com o mesmo dente quebrado.
o olhar engraçado.
curioso no espelho.

é janeiro.
ano novo.
tempo de chuva de verão.
tempo de barba feita de inicio de ano.
junto de um ano todo,á se viver...

janeiro de alguem que não se reconhece no espelho.
como um estranho á se conviver um ano inteiro.
é tempo de ensaiar o retiro para o carnaval...
...fevereiro...

...e eu vou...atras do trio?
..de sonhos renovados
com planos moldados
de punhos cerrados
com barba feita e cabelo cortado...."

pontual.

"...cheguei atrazado.
bem no meu horário.
falho.
eu estava ocupado sentindo o vento
e me distraindo com sorrisos na rua.
andava tão distraído.
era você ou eu ali naquele espelho?
ah,lembrei isso é virtude.
eu não me atrapalho.
nem entendo...
...sim era eu!
pontual pra inglês ver...
atrazado com jeito brazuquinha...

andava esperando o sinal de pedestre.
andava espiando o pedir do pedinte.
andava espairecendo enquanto vivía e vía...
coisa qualquer.
andava sim,pensando em você...
é muita esquina nessa vida meu Deus...
é muita coisa que acontece sem ter por que.
é quase tédio.
distraído...puft!
caí...levantei
me limpei o braço
(que embaraço)
andei e sorri pros poucos que viram...
era também você naquela queda...
...enquanto eu pensava,atrazado.
pra que mesmo!?
vivia compondo valsas clandestinas...
...refrões...
estava atrazado naquele dia.
e hoje não há humanidade que me espere;
ainda sim,fui pontual.
pra mim...."

domingo, 3 de janeiro de 2010

...De que nada é impossível...

"Vendo-os cantar sinto-me cantar também.
calado,tímido...cantante!
vendo-os escrever tenho a estranha mania de tentar também ser poeta.
e pintar,pintor....o que sou?
vejo-os atuar,
Johnnys e jeffs.
carlos e marios...vários...
eus...
é tanta vida,
e tanta arte.
e tantas gentes.
de pauls á chicos...
de georges á borges...

vendo-os surfar também eu sou surfista.
e voar também serei ave?
vendo chover,molhando-me também como árvores,inerte!
futebol,desenho,poesia,cinema,surf...
...predios modernos e esquinas provincianas.
antigos prédios de rua grande.

enxergando tudo e sendo também tudo.
tudo junto.
o sabor e o desabor.
o amor e o que nem sei dizer o que é...
o fácil e o dificil.
e de um jeito ou de outro os sou.
como sou a mim mesmo,
(i me mine...)
eu sou guitarra e letra.
sou impossivel.
também serei isso um dia.
vendo-os viver digo:
vivo.
e digo que nada é impossivel.
sou o que quero....
...e isso quase assusta..."

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

um presente chamado janeiro.

"E eu acho que esse janeiro ainda é dezembro.
Que essa sexta é domingo.
É tudo sugestão.
É tudo um exagero.

Sol de dezembro.
Chuva de janeiro.
Coisa de comecinho do ano.
Vilarejo de interior.

Aqui a pressa é calma.
A vida é praia.
O mar ,é!
Janeiro apressado.
Chegou ainda em dezembro.
E dezembro ainda o é,em mim.

O sol cedinho,
Ano novo amanhacendo.
Essa virada com cara de semana santa
Adiantada,atrazada?

O velho palco com seus refrões malhados.
Os velhos emblematicos técnicos de som.
As turmas que não voltam mais.
Fiquem onde estão,camaradas,O ano é novo!
Nem eu estou no meu devido lugar.(Aliás principalmente eu)
Escondido no passado,fantasma.
testemunha de quê mesmo meu Deus!?

Ah,Ano novo!
Um novo janeiro nosso.
desses que Deus insiste em nos presentear
E nós o aproveitamos como pudemos
seja contemplando e vivendo.
seja entornando e vivendo,vinhos e cachaças vorazes.
o povo é sábio,dança o "tchuco" como se ja fosse carnaval...
...e eu dizía que meu janeiro era estranhamente dezembro.
depois do natal,ano novo ja costuma ser carnaval.
...e as meninas alcoviteiras e os caras da geração 2000
dançam suas vidas entre sí.
cantam e bebem a chegada de uma nova temporada.
se beijam com toda a irresponsabilidade que é tão cultural,costumeira.
não é carnaval,mas quase o é.
E só temos uma certeza:
A de que depois de sobreviver um ano,(ou ate o carnaval)
o refrão vergonhoso morre junto de alguns sentimentos malucos.
que afloram em nossa mente nessas épocas de alcool devido.
de fugas e procuras.
de promessas e punições.
das esperanças de ano novo.
Ganhamos um janeiro novinho em folha.
com sol,chuva e ônibus lotados de turismo!
E Deus continua insistindo nesse janeiro.
E nós (com toda sabedoria) sabemos usá-lo
...porém nem o proprio Deus sabe se usamo-o bem ou mau esse direito..."