não quero falar sobre as chuvas que me tem dado...
sobre o quanto me molhei nessa estrada.
sobre o quando que pequei em estadía.
não quero falar sobre os tempos que tenho estranhado.
nem sobre os mundos visitados.
não quero hoje falar de mim.
não quero expor meu sorriso ou meu refúgio.
nem tampouco meu sobrenome.
quando falo,,,permito.
hoje,portanto não permito nada.
nada á mim mesmo....
á não ser a revolta.
a colera.
posicionada entre o âmago intacto que conservo
e o amor agnóstico que mantenho.
não quero falar de incompreensão.
quero falar de amor.
ando eu tão mudo...
que mundo...
hoje não quero falar sobre nada...
só desejo nadar calmamente...
nú...abraçando meu rio.
quero não ser comido por pensamentos revoltosos...
nem lamentar as vidas cruzadas...
as conexões;
ah...queria cachaça,vai!
embriaguez e risos falsos...
falta de doutrina e maldade...
não quero escrever,por hoje não...
quero me desgarrar como um aventureiro egoísta.
não quero falar,falando...
tem dias que viver é esquizito...
...escrever não adianta...
calar-se é covardia.
que vontade eu sinto agora,que não distingúo?
sobre essa vontade eu digo;
não quero falar...
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