"...Todos passamos pelo mesmo caminho na vida.
pela mesma vida,enfim.
o calor é o mesmo.
a ânsia também.
as inseguranças,tudo....
exatamente igual,sentimos.
O sentimento bruto e universal,é o mesmo.
O Universo é o mesmo.
mesmo mudando,nós humanos estamos cada vez mais nos apegando.
formando vilas,cidades,uniões.
Todos vivemos igualmente conforme nosso catolicismo manda.
e eu sou sim um homem bom.
um menino prodígio.
um rapaz de bem.
Enxergar meus sessenta e quatro anos nos meus vinte e poucos não é nada.
Falo de caráter,principios,coisas que vão além de minhas virgulas.
a vida assusta.
e eu quase me perco no meio desse escuro todo.
dessa 'não-vida'
desse ânseio injusto.
Eu sou devidamente forte.
covardemente fraco.
franco.
Eu.
Da auto-explicação eu falo:
não sou vampiro-marginal
não sou bandido-infernal
não destruo lares.
nem sofro de problemas renais.
sofro de problemas normais.
assim como todos na vida,
todos na terra.
Corto meu cabelo e sorrindo para a camera me explico.
justifico meu existir.
é justo?!
eu sou normal.
poeta.
carteiro.
andante.
amante.
infante.
menino.
rockeiro.
guerreiro.
seja lá quais foram as definições.
eu não quero acreditar que não sou bom.
e disso não há quem me convença.
Eu tenho em mim,um coração que transborda.
e isso me faz ser alguém inundado,irriquieto e estranhamente feliz.
somos somas.
e isto não vai mudar...."
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