quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

sonho ruim

como se fosse uma comida que não gosto
uma cor que desagrada
um cheiro de ralo ou fossa
acordo de um sonho mau sonhado
acordo pensando na vida e na morte
mais na morte.
no fim
no medo
tive um pesadelo noite passada.
sonhei com um passado que me desagrada.
com uma prisão
uma gaiola.
e eu la sou homem de ficar preso?!
-fico sim,desde quando?
como se comesse comida que não gosto,vomitei todo esse sonho mau sonhado
e tentei dormir...mas nao consegui..
como puderam me sabotar dessa maneira?

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

o peso do mundo

parece que eu estou leve.
o mundo é um troço pesado...
esse povo so me deixa maluco.
esse mundo so me deixa noiado.
feliz?
feliz com o que?
feliz por que?
sabotado!?
que vida é essa meu deus.
que muro é esse tao alto que nao consigo transpor?
o peso do mundo vai alem das dividas que não se pode pagar...
vai alem das linhas que nao se deve nunca cruzar...
vai,longe...além de mim.
através de mim;
o mundo,meu bem,pesa um bocado!
parece que eu estou leve...
se o peso de mim mesmo já era demasiadamente pesado...
parece que eu vivo e desisto.
-desiste poeta!
-desiste guitarra!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

bom dia!

aiai...a noticia que corre la é fora é a de que o mundo vai explodir,correm por ai bombas.voam por ai misseis.crescem por ai flores,como não?em fukushima amanheceu,que nem amanheceu em cedro.credo,as flores crescem de cá, poluídas,quem sabe?enquanto pescam os homens.tem petróleo no mar....melando tudo...tem afegão explodindo-se em alegria.tem gol do Corinthians.tem o feijão-de cada-diatem Sarney....Wanderley....nem sei.......tem tiririca...também ja tiririca das ideias ,temos eu...e você.tem foguete sendo construído no nepal.tem submarino-terrestre na Colômbia.no brasil acho que daqui para 2014 rola ate bomba...tem nada....tem banana e muita.abobrinha.coisa minha...aiai...em 2014 vai haver algo grande.em 2012 talvez haja algo maior....o mundo nao vai acabar senão nao tem copa...o brasileiro confia em deus...o mundo so acaba depois da copa...ta decretado..contaram no calendario errado...aiai....vai acabar sim,mas com o Brasil campeão!é hexa...é hexa...é hexa...l

ombro

em meu ombro tem espaço pra você.
pra tua cabeça.
no meu ombro é bom,bem de caber.
cabe teus planos.
meus planos
abrigo teu queixo.
teu beijo.
teu pensar..
teu olhar...
meu ombro á abrigar...
em meus ansêios cabem os teus...
minha maluca vontade de sumir
em meu ombro te dou abrigo
sossego amigo
amor de indio
cabe bem aqui....ó.
aqui.
junto ao meu peito.
cheio de sentimento.
em meu ombro podes dormir.
acordar...
sorrir,chamar...
ele é teu.
te dei,não foi?
dei por que?
por que é meu...o ombro e a vida,querida.
queridinha...
prenda minha,menininha
esse ombro é pequeno-é verdade-
mas cabe quase uma cidade.
um lugar como esse aqui.
bom de dormir
bom de morar.
quero caber nesse ombro também.
caber e ficar...
ser tranquilo..
se puder
tentar.
te dou meu ombro
pra tu repousar
dormir e deitar...
acordar...
o ombro é meu...
me dá o seu?

a gente cativa o que é pra cativar...
a raposa estava certa,minha flor...
no meu ombro é teu lugar...

Rock

a força que vinha da adolescência esta se indo...
indo praonde moram os homens e não os moleques...
a força esta acabando e o menino cresce e não permanece rock'n' roll...
algo ficou entre a vontade e a solicitude.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

prosa cearense

mah,lá esta o mar!
mar,lá está omar.
man,lá esta o mar,mah!
guá...
la esta o mah
quem?
mah,omar...
gua.
omar?
o mar.
ah...o oceano...
é mah...
manh...esse papo ta muito chato,
eu sei mah...
mah.
macho...
guá...

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

concrette jungle...

no sun willshine in my day todays...
êita marley
êita nóis...
em que cidade você vivía rapaz...?

terça-feira, 22 de novembro de 2011

menino antigo

mais parece um pequeno homem.
um rapaz medonho.
calado falante.
formiga-elefante.
rima com o que esse rapaz?
combina com o que esse menino?
com quem?

desconfia do vento.
de tanto que confia.
desconfia do riso,de quem tanto ama.
confia no muindo onde vive?
rapaz antigo...

mais parece um hermitão esse garoto.
de lá pra cá.
daqui pra lá.
onde para,tem onde parar?
tem muito chão pelo mundo a fora.
há muito chão pra se cair morto.

mas de que reclama o rapaz antigo se é ainda tão moço?
desconfia do vento.
do tempo.
do tempo roubar dele a mocinha.
de outros galantes guerreiros.
mas fortes,virís e ate mais atraentes...
tão altos esses guerreiros.
o menino é baixinho.
é calminho.
e fala tão baixo quanto o pequeno principe.
esse menino sou eu?

tem tanto menino assim no mundo...
parece um redemoinho seus cabelos.
parecem coloridos seus anseios.
que ansêia o menino?
quer ser feliz queném fernando sabino.
quer ir pro alto quenem neil armstrong.
dirigir trator.
ser jogador.

o menino é antigo carlos drummond,
a estatura é pequena,ayrton senna...
desenha,escreve,chora,escreve..
o homem é jovem demais.
-O caba é do crato!
é menino demais...

sente quenem gente grande.
quase que não sente mais.
inocente como menino.
com a malicia de rapaz...
de que reclama esse cara?
do medo que sente.
de nao ser gente.
não ser com a gente.
não ser inocente.
de ser gente grande.
a internete assusta rapaz...
tanta coisa que o poeta não viu...
que o menino nao sente.
que o homem descobre
que o menino cego não vê.
tanto risco.
tanta gente.
-não sofre antecipado menino,seja prudente!
seja forte e coerente...

mais parece um pequeno homem.
um rapaz franzino e medonho...

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

mistério da vida marinha

quem disse que a regra é outra?
eu estou feliz contigo.
sem pensar.
pestanejar.
evocar espiritos.
quem disse que é tão dificil assim?
não precisa dizer.
convivo com o ciúme de te ter.
com a ideia de te dividir.
com amigos.
bobeiras.
meninas alcoviteiras.
dividir-te com o mundo.
esse sorriso não é meu?
você por acaso não o havia me dado?

eu estou feliz assim.
sem saber direito de nada.

mas minha idade me deixa assim,menino,meninin...
ciumento.
cabreiro...
inseguro como menino.
com medo do sorriso do tempo.
das tuas pausas musicais.
das minhas ídas ao passado.
de tuas visitas marginais.
com medo de que menina?

de quem?

no barco em que navego,navegam também outros tripulantes.
eles podem te roubar de mim.
te levar pro fundo.
êita,amar sereia é como amar ao mar.
não se pode.
nao se deve.

quero correr o risco.
meu coração parece que navega.
navega tranquilo e condicionado.
rumo aos teus braços.
navego pra teu colo.
pra tua direção.

é justo eu navegar?
ande menina,navegue comigo por minhas aguas calminhas.
seja minha menininha.
minha flor.
meu amor.
seja minha.
que eu sou bom em me dedicar.
dom quixote.
sou eu em meu cavalo alado.
com medo do feitiço que me jogaste.
ja enfeitiçado.
feliz?

condenado...
eu so quero rir.
e manter esse sorriso comigo.
quero você ao meu lado.
mas se nao for em verdade.
que me suma.
seja passado.

naveguemos naveguemos...
eu nao quero ser navegado.
quero que me vagueie.
e me torne um ser amado.

quero a verdade.
do jeito que eu nao soube dar.
que a mentira...
nao quero nada.
quero a preguiça de te querer ao meu lado
o facil trabalho de ter teu beijo.
e nao um outro beijo roubado.
quero você.
quero o mar grande e salgado.
quero eu demasiado?
deixe eu navegar...

navegue comigo rumo ao amor.
rumo ao amor.
rumo ao calor do corpo amado.
do ímpeto.
do sentimento jovem e banal.
navegue comigo pela feliz missão da tentativa de ser feliz.
navegue ao meu lado.
e nao me pergunte nada.
te respondo com beijo e carinho;
não te respondo nada.

só navegue minha flor,pelo meu mar particular.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

pra viver um grande amor

segundo o poetinha:
''Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, mister é ser um homem de uma só mulher; pois ser de muitas, poxa! é de colher... — não tem nenhum valor.''

Para viver um grande amor,é preciso tato,força,dedicação.não precisa ser um grande amor,não se mede o amor.amor não é grande,nem é médio...não me recordo de alguém que tenha vivido um 'pequeno' amor,aliás isso existe?
amor é amor em toda estação.é amor todo ano,sempre tão arrebatador...enganador,cotidiano.
pra viver um grande amor temos que ceder,retroceder,temos que ser um pouco o outro.
o ser amado,o candidato a salvador de tua passagem nesse mundo tão solitário.
cheio de gentes e bocas.de antagonistas,de vilões...todos na mesma procura absurda de felicidade,de amor.na procura desse sentimento tão nobre.eu viví muitos,amei sempre.
eu insisto em permanecer fiel á isso,á esses moldes tão particulares,mas como diria o velho drummond,o amor é isso que você esta vendo;hoje beija,amanha não...e depois amanha é domingo e segunda-feira ninguém sabe o que será...ele esta certo...
Esse amor que quero viver é algo tao maluco,os poetas tentam em vão criar versos,os cientistas formulas,e os humanos (que sao também poetas e cientistas)erram diariamente nessa louca procura por viver um grande amor.amor não devería doer,mas dói,não deveria sangrar mas sangra,embora seja bom,é ruim em partes.mas viver sem ele não dá.
viver sem beijo,sem bocejos,sem desejos,sem esfregar-se não!
jamais!
é bom viver.
tomar banho de mar.
andar de bicicleta.
é bom amar.
é bom beijar um rosto desejado.
beijar,morder,lambuzar.
o amor deveria ser matéria escolar.
mas quem desvenda o amar?

pra viver um grande amor é necessário paciência.
e isso quem tem pra dar?
eu amo eternamente a ideia de amar.
vida só tem uma.
e amor é bom de morar.
gosto demorar em versos;
de escutar o mar...
esculpir,escalar.
o amor é digno de Shakespeare
mas nem Shakespeare soube amar.

pra viver um grande amor,vinicius;
o senhor tinha que ceder.
não beber.não cair.
-levanta!(haha)

amor é a dor do homem
amor é a felicidade do homem
é a fuga
e o que se tem pra achar.
pra se desvendar nessa vida.
amar.

não ha escapatória,
quem ta vivo ama.
pra viver um grande amor basta se entregar...

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

dia da cidade

e dançam as crianças nas ruas municipais...
por que dançam as crianças?
os adultos nao dançam mais?
percorrem as ruas que festejam ano-a-ano os carnavais...
aqueles carnavais de aracati..
-êita vento bom da porra!
o povo se reúne pra ver o desfile.
seus pupilos á desfilar.
comemoram o que esses homens?
a cidade envelhece mais um ano...
nesses tantos que nos acompanham...
a capital por um dia.
a terra do sol
do sal.
do som?

os colegios pedem paz...
mas que paz?
as pernas cruzam a avenida principal
a banda municipal.
os grupos
e os cordões.
os bordões...
quer mais?

aiai,é essa cidade que eu amo tanto.
e que parece nao se compadecer comigo.
esse abrigos me entediam ou me empolgam...?

dia da cidade é assim...
o povo vai nas ruas aplaudir sua juventude.
nem sequer supões de que vive essa juventude.
que anseios.
que desejos.
que suspiro.
por quem suspiram essas jovens?

carros alegoricos pintados.
bandeiras ao vento.
sacolejando...

a policia a patrulhar.
coordenadores.
dia do orgulho municipal.
dia de gritar:"êi,eu sou também do Aracati!"
de onde é que afinal de contas eu sou?
-sou daqui uai!
sou dalí...
sou de mamãe...

o povo que dança na rua estara aqui pra votar?
ou migrarão para a belissima itaiçaba?
(sem ofensas itaiçaba)
vão pra russas!@
pra fortaleza...
até pro crato eles vão..
mas aracati não...

mas ainda assim o povo mostra orgulho de ser daqui enquanto permanece sendo...
ate o dia de enfim sair.
voar..
subir..
ir..
pra um lugar que nao seja esses
pra um lugar melhor
onde tenham coisas boas
coisas tão boas quanto os ventos que nos dobram.
quanto o oceano que nos banha.

comemoram o que esses homens?

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

um homem. ou poema menino.

coube ao homem não sonhar,enfrentar o muro.subir,descer.
coube ao menino sonhar,keep alive.
-esse menino é um homenzinho!
-esse rapaz é muito menino!

coube ao menino o mundo.
coube ao homem domá-lo.
mas o mundo nao entende o homem?
o menino o entende ao seu modo.

coube ao homem amadurecer
ao menino coube caber
mas o mundo é tão grande
como nao caberia o rapaz?

cabe no mundo tanta gente
coube á essa gente toda viver
ao menino coube sonhar
ao homem a injusta missão de acordar

japão

há um barulho de bambu cortando
vem do vasto bambuzal umidecido em manha oriental
cai sobre os verdes a luz que ilumina o vermelho
guarda sua espada o aluno honorário
a chuva caindo semeia o vasto campo.
arado campo.
fez-se honra em campo oriental

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

pequeno poema

linda.
você é lida.
e amada.
é lida e escrita.
lindamente.
cade você que me some?
linda...cade ôce que me come
a cada dia um pedaço novo.
...onde estão teus versos?
teus lábios, você?
lenda...
fomos nós e nosso curto momento.

linda
ainda,sou e somos.
nossos...



outro universo

é que acordei maluco.
maniaco.
macaco.
macuco.

imagine voce se pudessemos viver em outro universo.
em um verso.
universo.
ouro universo.
prata universo...
verso desmedido..
outra linha
outros módulos...
outros pêndulos.
cântaro.
balsamo.
joio.
outro mundo...
reparei que andava dormindo....quase meia hora depois...



terça-feira, 23 de agosto de 2011

namorada

namoro a lua.
faz tempo...
namoro na rua.
sozinho
em noites e madrugadas..
namoro a vida em poemas fresquinhos.
namoro o mar.
se eu tenho um amor?
ora,amo todas...
namoro a lua.
beijo logo pela manha o sol.
as estrelas.
eu namoro o tempo..
com a cara de menino que deus me deu.
namoro a muito tempo algo...
alguem que nao conheço.
me dedico á poesia
noite e dia.
enquanto namoro..
o dia ou a lua.
a rua.
namoro.
eu tenho mil namoradas..
sejam elas calçadas ou mares.
varandas ou ares..
namoro o mundo.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

bate mais ligeiro...

bate bendito..
bate como quem espanca...
bate como quem chuta bola.
como quem dança.
é sentimento.
é tudo percorrendo,por dentro.
por dentro tudo corre
pôr fora tudo que se esconde.
esconde de que?
se esconde de quem?
bate bendito..
essa é tua função.
quanto aos descompassos...
não ha jeito...
é se acostumar...
é remar pra frente.
é tocar com a gente.
é musicar..
distrair...e sentir de outra forma.
bate mais ligeiro...
dói sem eu nem perceber...
ora,mas que mentira...
quem foi que disse que eu não percebo?

saudade é uma rede vazia na varanda...

não me interesso por nada.
nada me interessa.
nem a vida sem pressa.
nem o disco do caetano.
nada..
tudo tao sem gosto...sem nexo.
sem sexo tudo passa...
o que fica?
a saudade é uma rede vazia numa varanda.
a saudade é um sentimento torto e mau resolvido.
a saudade que saudade?
não me interesso por nada.
nem pela saudade que se esconde dentro de meu peito.
por entre meus fios marrons...
'minha retina fatigada'
eu...
mesmo com ou sem saudades...
equilibro-me no caos...
sábio e sozinho.
cheio de saudades inomináveis...

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

domingo, 14 de agosto de 2011

"...o tempo passa o tempo voa.."

ora...
ate a poupança bamerindus passou...
ela nao continua numa boa..
o tempó passou se tambem pra mim..
eu aprendi?
"ta na hora do primeiro aniversario do bebê-ê!"
o fausto ja não é 'ão'
o domingo nem é legal.
nunca foi.
eu era outro.
êh caçulinha...
video cassetada...
a vida como antes nao tem mais graça.
a vida é outra na praça.
ora...
a poupança ninguem nunca mais ouviu falar...
e assim a gente se da conta ...
numa retorica maluca como essa proposta...
...mas de fato é verdade...
...o tempo....voa..."


e nós também...

matar com palavra é bom.

meu deus...é rancor..?
como se mata com palavra...?:
é pior que desamor...
matar com palavra mata...
mata mais que mil impreguinações...
a impreguinação é a felicidade...
vc tem enfim razão..
se perde em realidade.
sob que perspectiva?
matar com palavra é bom.
mas morrer por palavra que mata,fere mais a alma.
por que depois passa...
então,por que falas?
por que disse o que nao se devia?
sao tem como medir o medo.
nem tampouco o rancor...
ele existe...
duelando com sentimentos obscuros dentro do teu interior..
você quase não se conhece...
nem espelho resolve...
viver...é bom...
mas quando as palavras nos matam morremos um bocadinho...
cicatriza...

grilo...

o grilo lombrado cambaleia pelo quintal...
o grilo nao tem culpa da fumaça que inalou.
o grilo segue torto...
quem foi que o grilo lombrou?
ou o grilo foi lombrado?
nessa tanta marola que nos certa...
êta grilo mundano..
passava pelo lugar errado...
agora lombrado por acaso...
o grilo segue maiado...

a gente prescisa deles.

do amor.
e das outras coisas...

cantando...

ÊITA MENINO MORENO..
quem é é milton nascimento?
são sofejos em meu juizo.
sao acordes em minhas veias...
sou eu.
é o mundo...
o mundo é feito de amigos...
e de irmãos...
feliz daquele que compactua de relaçoes tao humanas...
que vivencia sentimentos tao nobres.
eu tenho amigos...

sejam eles milton nascimento ou jose de calazans
sao irmaos como elis regina e minha propria mãe...
sao malucos como eu.
poetinha coitado.
cantor...
o que sou?
sou feliz...
estou cantando quando escrevo
estou cantando enquanto canto...
cantar é alma.
ser feliz primordial...

bate coração.

bate coração.
bate em mim.
tum-tum-tum...
bate que dói.
bate que eu vivo.
bate coração.
me bate bendito.
tum-tum-tum..
compassos meus.
bate coração.
bate maldito.
a música não o abandona orgão finito.
bate...
que voce vive é de bater...
tum-tum-tum..

sossega homem;

eu vou sossegar pois sou um sossegado
e nessa arte de manha.
sigo sempre sorrindo.
eu vou sossegar nessa vida.
pois a vida é manha.
é manhã vivída
assim como quem vive por acaso.
a vida É por acaso.
pelo acaso de Deus.
sossega homem!
menino,te deita nessa rede e dorme!
-quem consegue viver assim?
sossega...rapaz...
assim pega mau pra todo mundo.
vamo viver...
vamo simbora...
posso ser sagaz e sossegado.
sonolento e siderado.
mas por enquanto essa é a sacada...
sossegar
sossega teu coração rapaz.
deixe de onda menino...
a felicidade é bem simples...

não complique!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

como é que eu desfaço agora?
desfaço o quê?
desato o nó....
que nódulo.
que lágrima.

lástima...
usar palavras sem pensar.
jogando palavras
somando palavras.
des-palavras (posso ate inventar essa)
soma de que senão de tempo?
soma de que senão de medos?
soma?
somei?
que euforía é essa...
é alforría?

É agora saber que se perdeu de vez algo que nem se supunha ter por completo.
algo que deixa um vazio sincero.
uma felicidade guardada.
um poema qualquer.
perdeu-se...
o que foi feito da vida?
o que foi feito do amor?

é isso....
música em meu juízo.
maqueando
maquinando.
genial!
sou eu crescendo...
é o mundo girando...
sol
luz...

como desfaço o que não soube cantar direito?
o que desafinei?
desandei...
e acima de tudo...
de tudo...
Amei!

a vocalização segue em fadeawaY...
retrocedendo....
retrocedendo...
até que eu distaído quase ...
mudo a estação

terça-feira, 9 de agosto de 2011

rebuliço imenso

é uma coisa que dá na'gente
que passa...
volta...
é uma coisa que dá de dentro pra fora...
como euforia...
contida.
recriada.
é euforia,não é?
é um rebuliço que tenta no sangue da'gente
dá na alma.
bagunça...
espalha...
irrita.
depois cai de novo no sono...
ate escolher um dia pra aperrear...
um outro dia qualquer.
é isso que eu queria lembrar...
um rebuliço que não sei o nome...

surpresa.

as coisas sublimes são também as mais dolorosas.
as mais difíceis de sentir.
de viver...
são as coisas que mais machucam...
e admiram a gente.

admiram a gente.


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

relógio de pulso

o tempo passou-se e como envelhecemos....
passaram-se as tardes
a quelas tardes.
passou-se o tempo junto do vento desse periodo do ano.
é verão,nem sei...
sei que dou de conta do rascunho que escrevo matinalmente.
corriqueiramente sei escrever....
sei escrever sobre o dia de hoje com calma.
com calma relembro aquele dia no pé de jambo.
aquele dia no pátio do colégio primário.
o beijo na escada.
na chuva.
na calçada...
como envelhecemos...
lembro do amigo sem barba no pátio salesiano
da menina sem graça no mirandão.
por que eu te deixei?
lembro hoje olhando pro relogio de pulso
as horas do dia de hoje,hoje.
dou conta de contar sobre velhos poblemas.
o mesmo ser.
ser errante.
parado e calmo.
ser humano.

lembro de como éramos jovens
como nem sequer nos sentiamos jovens,pois a idade quase era despercebida
pois moravamos no mesmo teto da insegurança.
da imaturidade.
da falta de medo.
do colo da mãe.

meu tempo passou-se como o passarinho que um amigo capturou outro dia.
ta la....
currupião guardado em gaiola...
estou sem tempo pra outras coisas...
estou preso no exercicio de lembrar;
-que horas são?

sábado, 30 de julho de 2011

segunda-feira, 25 de julho de 2011

coruja

aquele poema que não fiz..
aquela palavra que eu não disse..
aquela vida que não desenhei...
dizem mais sobre mim do que as várias que estampam esses intervalos...
esses tempos..
esses riffes de guitarra...
qual guitarra?
qual tempo?
o poema que ainda não fiz esta guardado na minha mente..
esperando pra pular contente em pagina qualquer...
pra pular...pular...
as palavras esperam pra pular como crianças.
a arte é minha cría....e eu coruja amamento essa doidice branda...

quinta-feira, 21 de julho de 2011

la vai o avião...

voa alto
voa longe.
voa alto
avião.

não vi nada.
nem embarquei...
pouco depois...
cai a espaçonave...
derruba arvore...
derruba sonho..
derruba vida...
perplexo...o mundo pára pra socorrer o que nao dá;
salva a caixa preta...
é quase seguro voar...

forget

la vai eu esquecendo...
roubando manhãs..
criando manha.
na marra...
esqueço diariamente de coisas que deveria lembrar...
lembro de coisas quase que esquecíveis...
como?
eu lembro....

quarta-feira, 20 de julho de 2011

destino

tenho vontade de dizer que aprendi.
de escrever que já sei.
de pensar que já sou.
devo saber...que não sei
tenho vontade de dizer que amo.
preciso disto.
do amor e da vontade.
todas elas...
são esses os meus becos.
meus caminhos.
o destino não existe.
existem somente poetas desavisados...
insistindo em crer no tal destino.
oras...o mundo é um grande acaso.
preciso crer no destino
simplesmente...
mesmo assim o mundo permanece acaso.

terça-feira, 19 de julho de 2011

tempo roubado

houve um tempo em que eu era outro.
era outro tempo onde eu era.
eu era eu,na imensidão do tempo.
perdido nos pêndulos do tempo.
sem tempo....com todo o tempo do mundo.
era eu em um mundo mudo.
era eu gritando bom dia!
respondendo pro tempo;'não ia'
por que haveria de ir?
era eu sem barba nem bigode.
sem guitarra ou fole.
sem fagote,frangote.
houve um tempo roubado de mim.
era inocência;
mesmo que incoerente.
era eu menino teimando crescer...
ainda sou?
houve um tempo em que eu era outro...
feliz talvez.
ignorante...
sem problemas...sem levantes...
era eu remando no rio da vida...
houve um tempo em que eu era outro...

êita.

êita você....
me apronta assim por que?
me deixa com o coração assim?
me deixa com o coração na mão.
coração de leão.
nas mãos...
junto de mim...
revolto em tuas mãos...
juntinho de teu pensamento...

êita você,menina....
você porque?
por que eu?
por que não cura?
não foge?
não muda?
não dura?

êita que surpresa louca te encontrar intacta.
louca e muda.
cheia de planos tortos..
eu que nem sei planejar.

êita vida.
êita amor.
êita vida..
êita dor.
eita eu.
êita nós...
eita...

...me apronta assim porque?

quinta-feira, 14 de julho de 2011

che.

motocicleta;

andava á cem por hora.
o moço sacodia a cabeça.
era o mundo passando rápido
na garupa da velha moto.

andava molhado de chuva o rapaz.
andava com falta de ar.
cruzava a ameria o menino molhado
com frio cruzava o menino a américa...

era uma moto e dois amigos.
decifrando as américas do sul.
decifrando as várias Américas que nos habitam...

segunda-feira, 11 de julho de 2011

pedaço da canção

foi nos bailes da vida...

cade meu pão?
panis et circense?
qual pedaço da canção que mais gosto?
never say goodbye?
baby?
que canção mais gosto.
canta em portugues...
canta em hawaiano..
canta aqui no brasil americano.
canto eu de cá....sem saber cantar..
cantando...
qual pedaço de mim mais traduz aquela melodia tao minha?
é meu o pedaço?
a canção é minha.
o pedaço que mais gosto da canção é aquele que guardo comigo ate hoje...girassol;
da cor de teu cabelo.
da cor de meu sonho.
da cor de meu plano.
da cor de meu beijo.
do seu.
da cor da minha covardia.
da minha frustração.
é meu beijo...cade?
o pedaço da canção que chamo de meu...
musica latina.
menina...
musica menina..
musica.
musicar..
eu.

esta canção jamais tocara na radio?
nao ha radio que capte.
que reproduza
o pedaço de minha melhor canção
escondida sob meu melhor falsete;
acanhado.
tímido.
leal.
canção minha.
poema meu.

grace...
grace...
é pau
é pedra...
love...love...love...
bird Sharing...
love song
be allritght!

halleluya...
here comes the sun...leãozinho...here comes...

while my guitar gently weeps...
and your bird can sing
bob marley,people get ready..
estou aqui...
im here...



você vem ou sera que é tarde demais?

quinta-feira, 7 de julho de 2011

I love you so

á-ha!
give me more.
give me more.
more than that.
more....
its you..
your eyes.
your smell
cherry-cherry baby...
its poetry.
if you could laid at my side...
keep me satisfied....so...so...
paradigm...
you and i...
us..
together...
together...?
in a dream...
like a dreamers....crazy dreamers...

cause its not too late...

terça-feira, 5 de julho de 2011

delicia.

delicia é sentir o vento no rosto ao fim de tarde.
é nao fazer nada.
nao pensar nada..
nao escrever nada...
nada..
delicia é estar pleno.
viver sereno.
sabedor de tua infinitude.
delicia é conhecer o irreconhecível.
é nao saber..
o sabio disse que a ignorancia é a gloria..
e é..
é tanto..
tanto..
que delicia é ser como aquele rapaz sem sorte.
como aquele menino malino.
aquele homem que nao repara na politica.
nem no dolar.
no esporte.
que bom é viver..
mas que ruim é querer saber de tudo.
que delicia é ser burro como uma porta..
uma porta-torta...
é bom ser maluco e poeta...
quando nao se esta sofrendo..
é bom viver..
que delicia é sentir o vento da beira-mar...
bicão....

opened once

tenho uma caixinha de coração...
coração de papelão...
vermelho.
chili pepper.
tenho a impressão de que nunca aprendemos...
e que é tudo como estações..
dançamos e dançamos..
amamos e amamos...
black,black beauty...
uma vez anbrto esse espaço de auto-conhecimento deve ser preenchido..
com rima.
com loucura.
com musica inexistente.
com gente.
gente!
uau!


ja que o coração esfria e esquenta.
ja que abre e fecha.
ja que se machuca.
se inunda.
vive de bombear e amar...
posso abrir minha caixa secreta meu amor?
abrir pra ti...
pra quem quer que seja..
abrir e mostrar...
meu coração é cheio de veia.
artéria..
carne..
e quem falou aqui de sentimento joão?
é um coração igualzinho ao que vejo nos açougues.
de boi.
de búfallo...
hey,buffalo bill...
uma vez aberto nao se consegue mais fechar..
ta la...
sangrando...

mas batendo...

segunda-feira, 4 de julho de 2011

paradoxo

palavra estranha.
bonita.
medida.
calada.
grave;
paradoxo.
devo sair ou entrar?
é crise ou nao é?
é bicho de pé?
é são joao...
contra-perí!
paradoxo é o consenso do inindizível(existe?)
paradoxo dói como uma interrogação!

maracujá ...

não me deixe vontade.
nao me deixe vida.
nao deixe eu ficar pelo caminho sentado.
nao sou pedra.
nao sou tanto...
quero é fugir no rabo do foguete.
na cauda do cometa brilhante que ainda não se aproximou.
não me deixe a vontade.
eu nao sei ficar assim.
eu sou uma corrente d'agua....perene.
não me deixe vida,te peço.
crie .
evolua.
me inspire.
urgentemente,me inspire...
presciso de caneta e papel.
de teclados alugados.
de tintas...
de pincel.
nao quero permanecer pedra.
não me chamo pedra.
quando a tormenta passar,serei sereno...
calminho...
maracujá.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

dia de chuva.

ta chovendo aqui.
ta molhando tudo.
cá eu coberto pelo meu teto.
cá eu esquentando meu peito jovem.
envelhecido.
agnóstico.
prudente peito de maluco.
tem chovido bastante nessa quarta-feira.
meu time perde na tv.
e eu dei pra beber?
cachaça;
credo!
cura!
cura!
eu em um dia nublado,molhado e suado.
suando.
ta tudo molhado la fora.
e cá dentro eu ignoro tudo.
escrevo para deboxar.
os dias sao tao meus...
que ate me fogem...
nao consigo segurá-los...
deus salve o mundo e trinta e um salve eu...

gripe.

nova gripe.
gripe suina.
gripe da malasia.
atchim!
assim,derrepente?
rápdo como um espirro.
eu com meu gatilho.
cada palavra me escapa como um atchim...
-atchim!
gripe verbal.
maluco é você em nao acreditar...

segunda-feira, 27 de junho de 2011

análise...

estranhando tudo....
estranhando tudo....
analítico.
paranoid.
polaróide preto-e-branco
calça toda colorida.
como sentir?
agora que ja nao devo nada.
ja nao tenho amarra;
ja não vou na marra.
contra tudo?

estranhando tudo.
sentindo o mundo e desgostando a vida.
eu?
logo eu?
a vida nova me brinda de novo e de novo.
mas meu coração não mudou nada....
mudou de casa e permaneceu maluco.
dolores....dolores...
cade meu jardim?

estranhando tudo.
arranhando o mundo.
tentando cantar e encantar...
o rosto no espelho ostenta bigodes.
e a mente ostenta dúvidas...
músicas.
lúdicas coisas tolas...

ainda sou eu,nesse mundo sem rumo.
um dia chegamos lá...
por enquanto deixe eu estranhar...
rosne cachorro doido.
chora menino pequeno.
rí hiena malhada...

analítico...

terça-feira, 21 de junho de 2011

oh yeah...

quando a guitarra chegar...
que bom que será;;
que traga o som.
que acorde o dom.
que traga o riso.
a rima e aroma.
quando a minha guitarra chegar pintarei com ela quadros.
escreverei textos apócrifos...
não-não-não...
(no-no-no)
que guitarra que não chega?
mas vai chegar...
cantarei com a alma...
compositor.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

tem cura.

a cura vem pelo silêncio.
pela calmaría.
pela brisa.
pela música.

a cura acalma.
a cura,cura.
cura de quÊ?
doi?

sexta-feira, 6 de maio de 2011

.;

sem barreiras nem refugios
nem muros nem vastos campos...
o sonho é algo que captura.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

ser estranho

quero mover minhas patas.
correr para o mar.
nadar sem meus braços.
me afogar.
quero tirar minnhas penas...
cavar com o pé.
quero voar para longe.
quero comer de colher.
quero livrar minhas patas da lama.
quero na lama melar.
quero bebida quente e gelada.
quero um gole do mar.

tenho nadadeiras e bico.
bico para beiçar.
tenho plumas e patas.
tenho também um pomar.
em mim plantado.enraízado nos pés.
quero um machado
(e não no sentido figurado)
pra cortar esse mato qualquer.
atrapalha como pedra e dedada.
cabeça do dedo do pé.
eu sem unhas ou plumas.
sem penas ou tetas.
sem rimas ou sinas.
sem ser.
qual de meus 5 olhos não enxerga?
qual de meus oito leitos nada mais?
qual de meus longos braços abraça a américa?
qual pedaço de mim é mais eu?
quero mover minhas patas...
caminhar e deixar rastros;
rastros meus,
ser estranho.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

tapibaquígrafo...

-O que é isto?
-ora,não importa,quero ver é você dizer essa palavra três vezes seguidas!!
-é fácil:tá-pí-ba-cri-fa-go,como é?
-tapibaquígrafo!
-tapifágrifago-tabitafigrafo-traficobifaco!Acertei!?
-que nada.
-droga,eu não consigo...
-á vontade...
-tabifácrifago-tabibaprifaco-tatifagricafo!
-dureza...assim não vai.
-eu ja disse;ta-bi-fa-cri-ga-fo!
-não é.
-áááiii,tá-pí-fá-gri-faco!
-hummmm...
-já estou perdendo a paciência...
-diga,vamos lá você consegue.
-eu já disseeeee...
-tá-pí-bá-quí-grá-fô!copiou?
-tá-bí-bá-qui-gra-fo!agora foi...foi?
-so errou uma.
-só uma?
-sim.de novo.
-tá-pí-pá-quí-fra-go.
-pior que a outra,vamos la...é só uma palavrinha de nada.
-não,eu desisto...
-já?vamos la,diga só uma vez.
-eu não consigo...tapibacrigafo.pronto.
-boa.
-ganhei?falei essa palavra um monte de vez,ja foi.
-foi.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

nada não...escrevendo sobre o verão.

o que há para se descobrir no dia de amanhã que eu ainda não sei?
tulipas.
orquídeas.
margaridas.
beija-flor.
rúbrica.
metonímia.
alegria.
esplendor.
escrevendo e comendo nuvem.
comendo nuvem.
o que há pra se descobrir sobre si?
quero ficar aqui.
aracati.
quero ir para lá,
paraná.
quero lutar capoeira.
quero nadar.
amanha me descubro no espelho
um reflexo futuro estranho.
estampado no espelho ao lado.
serei eu,meu reflexo invertido?
amanha o futuro chega.
agora ja se passa o presente.
aqui esta o passado em fotos infantís.
em exemplos mau dados.
e eu estou aqui:
dando boas vindas pro futuro.
com o coração embregalhado,
de olhos esbugalhados.
de sono e incerteza.
ha na natureza lugar para mim?
deixa eu torrar no sol.
jogar futebol.
sublime mentecapto.
o futuro é logo alí...
vamos fugir pro futuro?

tem jeito não,esse coração me desbanca,imoral.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

mistério

''Há mais coisas no céu e na terra, Horácio, do que sonha a tua filosofia.''

Há mais coisa cá,no meu coração,meu irmão.
cheio de coisas.
cheio de idéias.
na terra tem coisa de mais.
cá dentro tem coisas de mais.
misturado.
misturando.
como descrevo um peito tão caleijado?
como disseco peito tão juvenil?
há mais coisas entre o céu e a terra,Horácio.
O menino tinha razão...
a gente ama tanto que foge.
ama o tanto que inventa.
ama tanto,que inventa.
foge porque não enxerga o absurdo da vida.
que absurdo?
que vida?
ama,odeia,resolve.

a vida é uma dádiva não importa de onde veio.
vivamos.
mistério.
a vida é um absurdo de Deus.
um mistério genial.
vivamos,vamos viver,bora?
tem tanta coisa á descobrir...
e quanto á nostalgía dos outros noventa e nove caminhos?
temos que escolher somente um.
segue nele,irmão.

sábado, 2 de abril de 2011

...Lá vem drummond...

A minha vontade é forte, mas a minha disposição de obedecer-lhe é fraca.

Agência bancária.

-posso conferir minha conta bancária de casa...internet!
será uma boa idéia?

portão de vidro.
cliente real.
porta giratória,
preferêncial.
não se tem tempo para nada.
vai depois,vou ja!
mando um e-mail.
tá transferindo.
já tô no banco.
já,já vai chegar...
já fíz o depósito.
a fila tá grande;
isso não se pode evitar.
eu não sou nem um funcionário
admitido em empresa qualquer.
(há de metido em empresa qualquer.)
trocadilho banal.
funcionário honorário.
público.
batedor de ponto.
carteira assinada.
nada.

estou de passagem por esta agência.
Aliás,por este bairro,
por estas vidas.
todos estamos.

observo.
a fila cresce;
junto da cara de estresse
do homem no caixa.
da mulher na fila.
da filha na fila.

a rádio tocava
o quê tocava a rádio?
canôa,
nem sei,
a menina sabía.
(certamente não o cantava por quê não quería...)
mas os pés sim,batiam...
bailavam no chão.
tímidamente alinhados.
perfeitos.
na inocência de criança que tinham.

o homem alisa o bigode com os dedos.
analisa o papel com os dedos.
com o dedo faz o polegar ao vigía.
(que também tem bigodes e também analisa enquanto vigía)
eu de meu canto faço um 'paz e amor'
a cara feia impera no lugar.
um senhor gordo faltou me matar...
-será maconheiro,será?

eu,cara de moleque
magro queném moleque.
quêde meu quepe?
continuo olhando e pensando:
que fila meu deus...

a mulher fica calada.
em sua cara abusada se resguarda.
ninguém á sorri,
ela não sorrí á ninguém.
-que mulher braba!

o tempo passa.
a fila anda.
depois de horas eu penso,sem graça;
será que e-mail adianta?

êh mundo moderno...
...a fila só aumentava.

terça-feira, 29 de março de 2011

castelo de areia.

me dê mais tempo que eu construo algo.
me dê palavras.
me joguem um velho dicionário colorido.
vamos lá,me digam como querem...
me joguem a bóia.
que eu nado na praia.
me dê motivo pra escrever,deixa eu construir alguma poesia.
somando letras descubro um novo mundo.
um mundo velho cheio de presupostas coisas.
sentimentos que já existem.
me dê o mundo,que eu aceito.
me dê o mundo que eu te digo.
como é.
me dê o mundo,que eu presciso.
pincel,isso me dê pincel e cores.
vivo delas.
com elas.
e pra elas.
me dê amores.
sabedoría.
me dê coragem.
eu quero whisky.
eu quero beber.
me deixa beber,meu amor que a vidá é água.
a vida é alcool.
é vinho!
cor de sangue.
me dê mais tempo pra matutar.
pra queimar minha cuca.
pra suar minha testa.
me dê tempo pra viver
deixe eu construindo
vivendo de meu modo
imponente e fragil.


antes que tudo seja levado embora.
pelo mar ou pela vida.

segunda-feira, 28 de março de 2011

oficina do diabo.

meu juízo dói de tanto que martela.
oficina do diabo.
ainda cedo de manhã penso eu em absurdos.
abismos medonhos.
medos abissais.
-escreve.
-suja de tinta.
-anda,canta algo,canta!
me escondo detras de idéias mirabolantes.
em planos,poemas e sonhos.
meu juízo me condena e me pôe alerta.
com sono.
sera?
eu não sei escrever.
não sei cantar.
nem jogar bila.
nem escalar...
cabeça vazia...cheia de vento e sons.
as idéias indo embora junto de contonetes.
descendo como xampu.
o diabo é um camarada engraçado.
-vai roubar idéia assim lá no inferno,porra!
-não me venha trazendo absurdos que eu adoro!
não me faça compor canções angelicais...
minha cabeça me ilude,
o mundo ilude.
inunda e instala novas concepções...
minha cabeça permanece enorme...
como a de um dinossauro.
e eu cá burro como uma galinha.
êh diabo!

quinta-feira, 24 de março de 2011

sono.

se eu acordar me avisa...
se eu dormir demais,me acorde.
me acorde caso eu não durma.
ah me deixe pra lá...

sono.

domingo, 20 de março de 2011

pausa forçada...

cai em cima de mim uma pedra grande.
enorme pedra dessas que vem do céu.
é cometa?
o que é?
desce pelos meus poros um peso de pedra-pome.
quase despercebido.
incômoda.
é uma pedra de grande peso.
um tijolo escondido nos meus porões.
cai sobre mim uma enorme coisa.
algo que queima de tanto que dói.
não tem cura.
eu suportarei nesse cambito de cearense prematuro
o peso de algo tão mortal?
meu corpo cabisbaixo se renega.
minha negativa se engana.
estou eu perplexo.
inexorável...
estou eu forte ou fraco?
forço uma lágrima
me esforço á uma lágrima.
me entregaría á ela.
se junto dela fosse e vinhesse minha coragem.
tudo me tem muito peso.
o mundo pesa bastante.

sexta-feira, 18 de março de 2011

herói de reino estranho...

é distante o meu reino..
bem fundo..
bem dentro..
bem remoto..
uma terra de ninguem.
uma terra além do além..
sou eu batalhando a cada dia..
heroi de reino estranho.
é junto.
é meu.
misturado reino...
que rei sou eu?
meus dominiod
aventuras...
o gosto.
o sabor das léguas.
das milhas.
das minhas milhas memoráveis.
meu coração viaja por todo o mundo.
mas adormece no reino que é meu.
mas aquece meu peito solitario (solidário)
meu pente quebrado.
que cabelo cortado.
madeixas...
-ah,deixa as madeixas pra lá!
meu cavalo 'pé-de-pano' todo ano me detém.
quer fugir....
quero ir?
pará.
paraná.
paris.
pode ser que dê.
manjo bem o mundo.
manjo so de ver...
não me venha dom quixote.
não me venha frusciante.
heroi desajeitado...de reino abstrato.
a coroa toca como uma guitarra..
arranha agudos e graves...
alinha-se em sons unissonos.
somos nós cantando.
escrevendo e compondo...
assanhei meu cabelo com a coroa...
tive que cortar...
que rei sou eu?
artista ou autista...
esse reino é meu.

caí de bicicleta...

caí de bicicleta.
caí na real.
a vida é uma ciranda,nanda...
a vida é um pulo-mortal,aderbal...
um 'duplo-twist-carpado',nelinho....
um universo exagerado...
tão tacanha essa nossa vidinha..
caí de bicicleta..
ralei joelho...
limpei...
alcool....merthiolate..
mas não adianta,adianta?
-basta isso so faz arder...
arde...cura...
caí e ja curado me erguí...
levantei da queda....
eu queria acertar nas palavras sempre que tentasse,veja você...
caí de bicicleta lewis-carrol
queda de criança grande...

um fusquinha...?

eu queria um fusca...
carro pequeno.
bonito...
barato..

quinta-feira, 10 de março de 2011

errante;

eu quero a sorte dos ignorantes;
a sabedoria de um bêbado.
o sorriso de um menino danado.
a pureza machuca,fere...
eu quero a malevolência.
não quero calcular.
quero escorregar nas esquinas.
gritar alto.
beber,meu amigo,quero beber!
quero goles de wiskhy;
vodca.
não quero nada...
eu tenho a sabedoria de um ignorante.
eu queria a glória.
a gloria de ser um ignorante.
de permanecer sendo.
de viver cegamente.
de conseguir...
queria não querer tanto...
quero me metamorfosear enquanto posso.
o futuro é logo ali...
amanhã,depois...
carnaval.
a quarta-feira se passou...
cinzas...
ano de fenix.

sábado, 5 de março de 2011

carnaval...

um bloco passa pela rua;
um grupo de pessoas se diverte.
masis pessoas chegam ao local.
mais pessoas se divertem.
o bloco segue.
as pessoas seguem.
chegam.
melam.
sujam.
limpam.
o som aumenta.
aumenta também o numero de pessoas.
beijos.
pessoas.
beijos.
-eita!
-corre!
-briga!
pessoas correm.
gritam:
-boina!
o moço no trio pede paz.
e toca o bloco pelas ruas.
com pessoas...
beijos...
mais pessoas...e mais brigas...
mas nada abala o bloco que corta feliz e numeroso a rua principal de nossa cidade de interior.
-mas somos os maiores do nordeste,depois de salvador! alguns alegam...
não se vive somente disto...

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

um bukowski bucólico ou Seu Lunga em dia normal...

acordei reclamando da vida.
do filme ruim que não vi
(mas que erradamente suponho ser péssimo)
da distância.
da vida.
da sogra.
da jogo...
êta jogo ruim,meu Deus...
reclamo do vizinho.
da goteira.
da guitarra veja só...
-essa água pouca da cidade tem me incomodado.
e se fosse só isso?
é mais...
reclamo da nasa.
da china.
do Lula.
do polvo.
de peixe.
reclamo até dos versos do Drummond.
Drummond também era gente.
carne e osso.
reclamava...errava...
torcia;
reclamo eu também do juiz.
quem nunca o xingou?
xingou sua mãezinha?
que vida...

ahhhh...o futebol!

meu time não faz gol no clássico.
meu dente dói como o diabo.
meu riso quase se esvai.
amarelo.
eu não me comovo com dramas televisivos.
a arte abstrata no quadro de munch
(na replica barata que mantenho num lugar reservado)
quase grita comigo.
manchado de tinta
meu domingo parece outro dia que não este.
o dia do sol.
ah o dia do sol...
-nesses dias não se pensa besteira.
ou se pensa e se mede...
a besteira.
o tamanho da bobagem.
domingo tem beijo.
domingo tem jeito.
tem bebida.
tem coisas que no domingo ficam.
permanecem como um album velho.
fotos velhas num album velho (mas que te soa tão recente)
meu time não ganha,empata...
empate não é justo.
reclamar também,não...

não é do futebol que reclamo.
nem do domingo.
nem da chuva ou do sol.
ou da falta de gols do ataque tricolor.
nem tampouco dessa minha retórica mau-acabada.

estamos todos comemorando o dom de reclamar.
o hábito de mau-dizer.
eu não falo mau de ninguem.
escuto tanto!
reclamo do mar de coisas que nem me importo de verdade.
eu reclamo da tv.
do rádio.
do telefone.
do que quer que seja....
reclamar é participar ativamente da principal atividade humana.
é quase que como falar da vida alheia.
reclamar é viver...
meu pessimismo acorda comigo em dias como este...
e se vai para como uma gripe maldita...voltar como se sempre morasse escondido dentro de mim.

e mora....

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

desbunde

que pedaço de mundo chamo mais de meu?
parece ate que o mundo é meu.
é nada...
nem é meu nem é de ninguem.
nem é de deus...
esse sujeito que permanece oculto.
que insiste em ficar na moita.
sentindo e mandando.
milagres e maldições.
que pedaço de mundo ele guardou pra mim?

eu corro como um passaro.
de asa ferida.
com fracos pés no chão.
corro pra'onde?

esse pedaço de vida pequena.
tacanha.
essa cabeça-de-vento ja tem um quarto de século!
quem sabe tem mais três por ai...?

prosa doida...
doída...

não sei de nada.

tem muito feijão ainda pra comer.
muito chão ainda pra correr.
muito teto ainda pra cobrir.
muito á se fazer.
ver.
viver.
fraudar.
tem muito ainda pra costruir.
pra derrubar.
não sei de nada mesmo...
quem disse que eu sabia?

do desconhecido

há muita coisa.
muita coisa no mundo.
muito mundo.
muito tudo.
ha muito que desconheço nesse mundo.
tanto que nem ouso achar que é possivel desvendar todas as coisas.
saborear todas.
tocar tocar.
estar em todas.
os lugares são meus tanto quanto acho que são.
não.
mas o mundo se move de uma forma que desconheço.
que não acompanho.
que ignoro.
mundo grande da peste!
placa.
carro.
e casa.
tudo isso tem no mundo.
mais que gente.
mais que bicho.
o mundo ta cheio de bala.
bala de mascar.
bala de matar.
bala.
droga.
bala.

tenho sim,medo do desconhecido.
medo da morte.
medo do bandido.
medo de quem?
não conheco a esquina do mundo.
mas moro de favor onde o vento faz a curva.
delineando-se...
aracatendo-se (salvo o verbo recém criado)

há muito o que desvendar em olhos cotidianos.
em vidas paralelas.
em sonhos intermináveis...
ah êita que vontade forte de parar continuando....
eita mundo mergulhado em computador.
tenho medo de um simples e-mail.
de um recado de texto.
que vem do além.
de além compreenção.

tem coisa que não é pra entender...

se

devo aguentar calado o insulto do destino
a coragem é mihna.
portanto é também a covardia.
sou eu fugindo diariamente da sumária decisão.
se.
pronome pessoal reflexo.
particula passivadora.
que seja.
se.
eu entre tantas conexões.
escrevo
se...
se...
se...
devo ranger os dentes.
picotar a alma.
ser mesquinho.
aguentar as dores das incertezas
se o mundo não me der coragem?

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

beatles song

parabens pra você nesta data querida...
muitas felicidades
muitos anos de vida...

dificil é dizer ao relógio.
ao acaso.
ao tempo.
ao vento.
dificil é dizer pra que esta distante.
decadas.
dias.
vidas.
é dificil desejar
ter.
viver.
e ser.

mas cantar é facinho.
comer é facil.
rezar baixinho.
pra ninguem ver.
papai noel.
papai-do-céu.
papai-ajuda.

conte ate cem.
cante ate mil.
coma feijão.
pão.
macarrão.

a vida passa como um avião colorido.
com faixa de congratulações.
é dificil sobreviver á tumultos tão particulares.
é dificil escapar ileso de dramas tão cotidianos.

o sinal quebrado na rua da esquina em nada atrapalha a vida do poeta.
o preço da carne no mercado também não.
nem a pedra no caminho do poeta o atrapalha.
a pedra fica.
a vida passa.
e logo....pedra e vida serão historia.
a pedra viva.
a vida lembrada.

como pode a pedra viver e a vida não?
a vida física.
a pedra física.

o mundo gira com mais pressa depois dos 20?
é um questionamento universal.
gira.
gira rápido.
carrossel.

parabens pro relógio que continua lá.
parabens pra pedra que continua lá.
parabens ao tempo que reina soberano acima de todas as coisas.
parabens aos corriqueiros.
aos apressados.
aos latifundiários.
aos pagãos.
aos orfãos do afeganistão.
ao menino que assiste sozinho um programa de domingo no japão.
parabens ao japão.
ao joão.
ao mundo que evolui.
ao Brasil que tem se tornado queridinho.
bom-vivant!

meu coração mudou.
esfriou.
esquentou.
esfriou novamente.
coração é bicho que sente...
e como é bom mantê-lo funcionando...
esquentou de novo...
e como um trem movido á vapor....segue...
com os seus 'tic-tacs'
com os seus 'boom,boom...'
batendo.
bombeando...perdoando..
e se curando.

sim,meu coração mudou.
sobrevivi.
minha vida ainda esta sendo escrita.
junto da sua.
e da sua.
e da sua..
junto desse mundo contemporâneo.
desse povo contemporâneo;
desse reino chamado Brasil.
Desse reino que chamo de meu.
que chamo de eu.

página.

a vida é como uma página.
uma corroida página em branco.
com dramas baratos.
e tragédias gregas.
novelas mexicanas.
folhetins.
a vida á como uma página velha.
é como um livro maluco
onde o escritor é o personagem,assim,ao mesmo tempo.
e vivendo e escrevendo e vivendo...
dia apos dia...
entra ano-sai-ano...

domingo, 20 de fevereiro de 2011

paralelo de mim-mesmo.

Lá é melhor que aqui.
lá é melhor ficar.
lá é claro e calmo.
lá é bom de morar.
lá é quase esquizito.
lá so moram hermitões.
lá há vida em mosaicos.
lá há meninos-refrões.
lá há acordes dissonantes.
lá há solidão.
há deus numa nuvem bege.
há numa nuvem o cão.
há delays.
de leis.
foras-da-lei.
lá é melhor...
onde minha cabeça é raspada.
onde se emprestam beleza.
onde não cobram nada.
onde o mundo é individual.
indivisível...
corta uma linha imaginável.
um continente imaginável.
um mundo nem tão redondo assim...
seres ambulantes.
errantes.
cheios de pena e pluma.
homens-elefante.
cachorros-borboleta no quintal.
onde há mais flores.
mais rimas.
passarinho.
imponente e cantador.
sim...nessas terras tem palmeiras...
paralelo de mim-mesmo;

auto-destruição

eu que quero o que parece injusto;
quero voltar.
voltar á ser...
ser o que era.
cante!
cante!
cante!
levante a voz.
crie pra nós.
a guitarra crua.
a melodia limpida.
a cor do som.
a voz.
as vozes.
a escrita.
o medo atras da canção.
exposto á ela.
cru.

eu...até o final...
sem final...

a bomba.

ah mas o mundo tem rodado como piao nesses dias de chuva.
encontro,não vejo semei-o....detono.
o relogio esta errado.
errado estamos nós nesse tempo.
estou eu e meu enorme poder
sozinho..
cheio de talento virgem.
de florestas á desbravar.
tudo explode
tudo explode cá dentro.
esse peito jovem ja parece velho.
saturado de experiências fugazes.
eu era moço sim,sim senhor.
agora permaneço entre o pendulo do tempo
e a ampulheta universal.
o nada.
a espera.
o vácuo.
a bomba explode a cada dia
em tons
semi-tons...
e eu envolto á pasta escura,componho serenatas...
nesses dias de chuva....

afinal

quem sou nessa vida?

ver de perto

andem venham ver o louco de perto.
ele rosna
e sente fome.
alimentem o louco municipal.
entrem ele é normal como eu ou você.
ele também ressuscita.
anda na água.
bebe fogo.
bebe gás.
doidinho de pedra.
venham ver o louco com cabelos de fogo.
raspado á gilette.
cabeça de vento...

venham ver...

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

crença.

eu teria motivos para acreditar em anjos?
eu com deuses louros.
com louros gregos.
com a religiosidade acomodada...
eu devo crer nos homens?
na bondade acima de tudo?
a minha maldade interior me condena;
chama-me de ingênuo.
cauteloso,moroso,dolorido.
não.
não creio em anjos.
nem em demônios...
creio em nós malditos anjos da terra.
demônios de um paraíso tropical.
diabinhos com suas perguntas maledicentes.
suas tramas....
seus engôdos...
somos nós os anjinhos tropicais.
não.
não creio em nada.
e como 'homem-sem-crença'que sou.
sigo agnósticamente como quem não quer seguir...
sorrindo do sarcasmo alheio.
sendo eu também pateta...
assim como todos vocês!
um conto que não escrevo.
o livro que não publico...
...o tempo passando vão...
a cidade anda devagar...
o povo anda com frio demais nessa época do ano.
ficam todos á suas calçadas á ver navios.
á falar de navios.
á naufragar-lhes as idéias.
afundem todos!
eu,não crei em nada...
com sua lingua felina os anjos tolos falam de orelha-em-orelha;
moldam informações
sabem de tudo.
tudo desconhecem...
ah,malditos anjos.
eu prefiro desenterrar bondade do coração do capeta
á desvendar maldade nos querubins
-e logo eles tão acima de quaisquer suspeitas-
eu creio que o homem paga e deve pela lingua.
e que só isso impede que sejamos totalmente francos.
francamente....até o silencio é incapaz de cifrar qualquer respeito.
escrever não basta.
ficar calado é inglório...é sabido.
pensar enlouquece...
ah anjos....por que eu?
creio que ainda tem lugar pra minha alma por ai a fora...
que mundo maluco...