segunda-feira, 8 de agosto de 2011

relógio de pulso

o tempo passou-se e como envelhecemos....
passaram-se as tardes
a quelas tardes.
passou-se o tempo junto do vento desse periodo do ano.
é verão,nem sei...
sei que dou de conta do rascunho que escrevo matinalmente.
corriqueiramente sei escrever....
sei escrever sobre o dia de hoje com calma.
com calma relembro aquele dia no pé de jambo.
aquele dia no pátio do colégio primário.
o beijo na escada.
na chuva.
na calçada...
como envelhecemos...
lembro do amigo sem barba no pátio salesiano
da menina sem graça no mirandão.
por que eu te deixei?
lembro hoje olhando pro relogio de pulso
as horas do dia de hoje,hoje.
dou conta de contar sobre velhos poblemas.
o mesmo ser.
ser errante.
parado e calmo.
ser humano.

lembro de como éramos jovens
como nem sequer nos sentiamos jovens,pois a idade quase era despercebida
pois moravamos no mesmo teto da insegurança.
da imaturidade.
da falta de medo.
do colo da mãe.

meu tempo passou-se como o passarinho que um amigo capturou outro dia.
ta la....
currupião guardado em gaiola...
estou sem tempo pra outras coisas...
estou preso no exercicio de lembrar;
-que horas são?

Um comentário:

  1. Poxa... no ato de lembrar, relembrei de fatos quase esquecidos pelo tempo e contratempos... Como eram maravilhosas aquelas manhãs. Como eram admiráveis aquelas velhas amizades, aqueles risos, aqueles jogos, aquelas idas a capela! Saudades de uma menina de cabelos encaracolados que ficava naqueles pátios a ficava a olhar pela janela uma vida... e hoje com alguns anos a mais e uns cachos a menos... RELEMBRO!

    ResponderExcluir