terça-feira, 23 de agosto de 2011

namorada

namoro a lua.
faz tempo...
namoro na rua.
sozinho
em noites e madrugadas..
namoro a vida em poemas fresquinhos.
namoro o mar.
se eu tenho um amor?
ora,amo todas...
namoro a lua.
beijo logo pela manha o sol.
as estrelas.
eu namoro o tempo..
com a cara de menino que deus me deu.
namoro a muito tempo algo...
alguem que nao conheço.
me dedico á poesia
noite e dia.
enquanto namoro..
o dia ou a lua.
a rua.
namoro.
eu tenho mil namoradas..
sejam elas calçadas ou mares.
varandas ou ares..
namoro o mundo.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

bate mais ligeiro...

bate bendito..
bate como quem espanca...
bate como quem chuta bola.
como quem dança.
é sentimento.
é tudo percorrendo,por dentro.
por dentro tudo corre
pôr fora tudo que se esconde.
esconde de que?
se esconde de quem?
bate bendito..
essa é tua função.
quanto aos descompassos...
não ha jeito...
é se acostumar...
é remar pra frente.
é tocar com a gente.
é musicar..
distrair...e sentir de outra forma.
bate mais ligeiro...
dói sem eu nem perceber...
ora,mas que mentira...
quem foi que disse que eu não percebo?

saudade é uma rede vazia na varanda...

não me interesso por nada.
nada me interessa.
nem a vida sem pressa.
nem o disco do caetano.
nada..
tudo tao sem gosto...sem nexo.
sem sexo tudo passa...
o que fica?
a saudade é uma rede vazia numa varanda.
a saudade é um sentimento torto e mau resolvido.
a saudade que saudade?
não me interesso por nada.
nem pela saudade que se esconde dentro de meu peito.
por entre meus fios marrons...
'minha retina fatigada'
eu...
mesmo com ou sem saudades...
equilibro-me no caos...
sábio e sozinho.
cheio de saudades inomináveis...

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

domingo, 14 de agosto de 2011

"...o tempo passa o tempo voa.."

ora...
ate a poupança bamerindus passou...
ela nao continua numa boa..
o tempó passou se tambem pra mim..
eu aprendi?
"ta na hora do primeiro aniversario do bebê-ê!"
o fausto ja não é 'ão'
o domingo nem é legal.
nunca foi.
eu era outro.
êh caçulinha...
video cassetada...
a vida como antes nao tem mais graça.
a vida é outra na praça.
ora...
a poupança ninguem nunca mais ouviu falar...
e assim a gente se da conta ...
numa retorica maluca como essa proposta...
...mas de fato é verdade...
...o tempo....voa..."


e nós também...

matar com palavra é bom.

meu deus...é rancor..?
como se mata com palavra...?:
é pior que desamor...
matar com palavra mata...
mata mais que mil impreguinações...
a impreguinação é a felicidade...
vc tem enfim razão..
se perde em realidade.
sob que perspectiva?
matar com palavra é bom.
mas morrer por palavra que mata,fere mais a alma.
por que depois passa...
então,por que falas?
por que disse o que nao se devia?
sao tem como medir o medo.
nem tampouco o rancor...
ele existe...
duelando com sentimentos obscuros dentro do teu interior..
você quase não se conhece...
nem espelho resolve...
viver...é bom...
mas quando as palavras nos matam morremos um bocadinho...
cicatriza...

grilo...

o grilo lombrado cambaleia pelo quintal...
o grilo nao tem culpa da fumaça que inalou.
o grilo segue torto...
quem foi que o grilo lombrou?
ou o grilo foi lombrado?
nessa tanta marola que nos certa...
êta grilo mundano..
passava pelo lugar errado...
agora lombrado por acaso...
o grilo segue maiado...

a gente prescisa deles.

do amor.
e das outras coisas...

cantando...

ÊITA MENINO MORENO..
quem é é milton nascimento?
são sofejos em meu juizo.
sao acordes em minhas veias...
sou eu.
é o mundo...
o mundo é feito de amigos...
e de irmãos...
feliz daquele que compactua de relaçoes tao humanas...
que vivencia sentimentos tao nobres.
eu tenho amigos...

sejam eles milton nascimento ou jose de calazans
sao irmaos como elis regina e minha propria mãe...
sao malucos como eu.
poetinha coitado.
cantor...
o que sou?
sou feliz...
estou cantando quando escrevo
estou cantando enquanto canto...
cantar é alma.
ser feliz primordial...

bate coração.

bate coração.
bate em mim.
tum-tum-tum...
bate que dói.
bate que eu vivo.
bate coração.
me bate bendito.
tum-tum-tum..
compassos meus.
bate coração.
bate maldito.
a música não o abandona orgão finito.
bate...
que voce vive é de bater...
tum-tum-tum..

sossega homem;

eu vou sossegar pois sou um sossegado
e nessa arte de manha.
sigo sempre sorrindo.
eu vou sossegar nessa vida.
pois a vida é manha.
é manhã vivída
assim como quem vive por acaso.
a vida É por acaso.
pelo acaso de Deus.
sossega homem!
menino,te deita nessa rede e dorme!
-quem consegue viver assim?
sossega...rapaz...
assim pega mau pra todo mundo.
vamo viver...
vamo simbora...
posso ser sagaz e sossegado.
sonolento e siderado.
mas por enquanto essa é a sacada...
sossegar
sossega teu coração rapaz.
deixe de onda menino...
a felicidade é bem simples...

não complique!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

como é que eu desfaço agora?
desfaço o quê?
desato o nó....
que nódulo.
que lágrima.

lástima...
usar palavras sem pensar.
jogando palavras
somando palavras.
des-palavras (posso ate inventar essa)
soma de que senão de tempo?
soma de que senão de medos?
soma?
somei?
que euforía é essa...
é alforría?

É agora saber que se perdeu de vez algo que nem se supunha ter por completo.
algo que deixa um vazio sincero.
uma felicidade guardada.
um poema qualquer.
perdeu-se...
o que foi feito da vida?
o que foi feito do amor?

é isso....
música em meu juízo.
maqueando
maquinando.
genial!
sou eu crescendo...
é o mundo girando...
sol
luz...

como desfaço o que não soube cantar direito?
o que desafinei?
desandei...
e acima de tudo...
de tudo...
Amei!

a vocalização segue em fadeawaY...
retrocedendo....
retrocedendo...
até que eu distaído quase ...
mudo a estação

terça-feira, 9 de agosto de 2011

rebuliço imenso

é uma coisa que dá na'gente
que passa...
volta...
é uma coisa que dá de dentro pra fora...
como euforia...
contida.
recriada.
é euforia,não é?
é um rebuliço que tenta no sangue da'gente
dá na alma.
bagunça...
espalha...
irrita.
depois cai de novo no sono...
ate escolher um dia pra aperrear...
um outro dia qualquer.
é isso que eu queria lembrar...
um rebuliço que não sei o nome...

surpresa.

as coisas sublimes são também as mais dolorosas.
as mais difíceis de sentir.
de viver...
são as coisas que mais machucam...
e admiram a gente.

admiram a gente.


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

relógio de pulso

o tempo passou-se e como envelhecemos....
passaram-se as tardes
a quelas tardes.
passou-se o tempo junto do vento desse periodo do ano.
é verão,nem sei...
sei que dou de conta do rascunho que escrevo matinalmente.
corriqueiramente sei escrever....
sei escrever sobre o dia de hoje com calma.
com calma relembro aquele dia no pé de jambo.
aquele dia no pátio do colégio primário.
o beijo na escada.
na chuva.
na calçada...
como envelhecemos...
lembro do amigo sem barba no pátio salesiano
da menina sem graça no mirandão.
por que eu te deixei?
lembro hoje olhando pro relogio de pulso
as horas do dia de hoje,hoje.
dou conta de contar sobre velhos poblemas.
o mesmo ser.
ser errante.
parado e calmo.
ser humano.

lembro de como éramos jovens
como nem sequer nos sentiamos jovens,pois a idade quase era despercebida
pois moravamos no mesmo teto da insegurança.
da imaturidade.
da falta de medo.
do colo da mãe.

meu tempo passou-se como o passarinho que um amigo capturou outro dia.
ta la....
currupião guardado em gaiola...
estou sem tempo pra outras coisas...
estou preso no exercicio de lembrar;
-que horas são?