quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Mais uma ladeira...

"E lá vai o poeta
vivendo ou esperando?
sangrando ou compondo.
pra onde vai?
mesmo com toda sua articulada sensibilidade não consegue dobrar o mundo.

-camarada,esse mundo não dá trégua
dobra-lo seria mudá-lo.
ele não muda você sabe bem.
em sua enorme teoria o que sabe de mdanças?
grandes homens morreram tentando,em vão.


nasceu poeta e isto é tudo
o medo justifica a fuga
que justifica a fome de mundo
oras!conheço bem o meu quintal
e nem sei quantos visitantes distraídos recebo por dia

quantos trazem flores?
quantos torcem o nariz?

desconfiança,
inveja -o sentimento que mais assusta-
quantos passam por ele que eu nem dou conta?
despercebido.
E lá vai o poeta também no meu quintal.
devo chamá-lo de amigo?
e la vai ele imerso em sua imensidão literal e solitária.

E la vou eu junto dele.-que também sou eu-
junto de sua barba e de seus cabelos.-que também são meus-
Lá vou eu dentro daquele velho caderno familiar.
no meio do mundo,cidades minhas...
a vida é uma ída.

E LÁ VAMOS AMBOS POETAS..."

Combustível.

"O que sería de mim
se não houvesse para cada um de nós
a procura e a descoberta de seu devido combustível?
algo que alimenta a alma como arroz.
cosmico,enerrgico,invisível.
com uma descrição completamente nova.
eu desconhecído para as palavras.
algo que só sentimos sem saber nomear.
sem poder nomear...
algo com um sentimento extra.
como se amor não fosse somente amor
fossem várias coisas distintas-fossem?
verdadeiramente suadas...
não se trata somente do cerébro
(nem do coração,que por função simplesmente bombeia)
seriam os sonhos?
que?
de que se trata?
intuição?
há algo em mim como um combustivel
algo que me impulsiona.
e eu de ponta do abismo
pulo em direção ao mundo
sempre atrazado,sorrindo,pulando...
ainda não descobri somente a palavra que ira descrever tal sentimento
pois dele,o meu bombeador coração está cheio
que segue bombeando e jogando
para todo o meu corpo
esta força inominável.
esse mistério existencial.
inominável mistério meu..."

Harrison

'Enquanto minha guitarra
permanecer guitarra
permanecerei guitarra
quietinho,gigante.
timidamente,enquanto ela chora(...)

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

para lennon e maccartney

''... todo dia é dia de viver..."
milton nascimento.

...E molham-me as tardes...

Eu e o rio.
Esse rio e eu.
Como saberei o que sinto realmente?
Como decifrar o tempo no que sinto?
como decifrar o tempo?
piada do destino...
destino que devora?

Eu e esse rio.
Eu e vários outros.
Tantos afluentes.
Um mundo!

jamais saberei o que sinto realmente.
jamais saberemos de muitos mistérios da humaninade.
E eu sem saber o porque de meu amor natural.
de minhas rimas,medos e afluentes.
Eu e o Rio jaguaribe.
sempre em conversas sinceras.
Em fins de tardes sequestradas
em dias de sol verdadeiros.

Eu e esse rio.
Eu e vários outros afluentes.
Um mundo que me molha a mente.
Uma mente molhada e colorida.
Eu e minha vida,no mesmo caminho de ída.
e nós (eu e esse rio) vivendo.

pergunta.

me diga meu amor.
aonde o vento te levou?

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

because.

Because the world is round it turns me on
Because the world is round...

Because the wind is high it blows my mind
Because the wind is high......

Love is old, love is new
Love is all, love is you

Because the sky is blue, it makes me cry
Because the sky is blue.......

azul,céu meu.
azul céu teu.
nosso.
azul e enorme céu.
velho e novo
como o amor.
o dono dos abismos e dos quereres.
azul é o mundo.
azul sou eu?
girando...girando...
como o mundo.
azul.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Azul.

SIM.
Eu digo,era azul o céu.
e digo mais,era meu.
meu americano céu.
eu pequeno,pequeno...
e tudo tão bonito.
a vida toda me esperando.
e eu so escrevía,lía.vía...

sim.
era azul e brilhava,como o sol.
amarelo como um sol.
brilhante como meu peito.
minha mente colorida,ventania.
era tudo meu e era azul.

o tempo frio e quente.
o verde perto e ausente.
o branco das pontas da cordilheira.
o lago,logo ao lado.
e eu devidamente molhado por dentro.
sim,querida era azul.

mas isso é só poesía.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

procura.

"Êita vida engraçada...
a gente vive,vive e vive.
e vivendo não sabe nada.
aprendemos com erros antigos.
erramos como jovens imaturos.
êita vida besta meu Deus.
Ainda tem esse tal de amor
que rouba idéias.
ocupa espaços.
machuca e fere.
e mesmo assim vivemos em sua procura.
o inexorável.
o brabo.
o medonho,amor.
tão indestrutível.
tão mutante.
tão egoísta.
tão humano.
e ainda sim,vivemos todos em sua captura.
um dia a gente fere,segue regras e destrói tudo o que foi edificado.
em nome de quê?!
ah,claro! em nome de nossos profundos medos desconhecidos.
interiores...
...e ainda sim seguimos procurando o tal do amor.
o sentimento mais literário do mundo.
todos buscamos ele.
e cansados nos acomodamos e chamamos de amor,qualquer alívio.
mas o amor,amor mesmo,sentimos pouco.
sorte daquele que consegue capturar e mantê-lo.
boa sorte em tuas procuras...
...o amor continua alí sentado naquele velho banco de praça..."

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

morador.

''e já mora e eu nem sei...
ja esta aqui faz tempo;
tempo que incomoda,fere.
ja mora e eu bem sei.

e morando vive.
vivendo permanece.
e eu aprendo...aprendendo.
ja mora e eu bem sei...

dentro de um peito.
bate o perito coração.
o bendito e infante coração.
ja mora nele todo o sentimento adormecido.
devidamentte acordado.

ele incomoda e pede pra ficar.
eu me importuno e não o deixo ir.
deixando-o em mim.
como um morador,um vizinho que amo.
e que precisa dialogar vez em quando.

viajando ou não,o meu morador foi comigo.
e sempre esta...
sempre vai...
bendito sentimento.''