quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Balaio;

no vão das coisas em que me perco.
no vão do mundo que me desobedece..
ordem de quê?
pare!
eu com meu balaio de coisas perdidas.
Dom Quixote.
Par-tim-pim!

nada altera minha paz.
paz galopante.
ensaio sobre coisa maior.
a parte as canções vivídas.
as sansões inventadas.
lei de quem meu deus!
lei de Deus.
minha e dele.

eu com mau pressagio.
meu balaio.
desconfio sinceramente que morri.
num desses sabados santos.
num domingo de futebol.
cá eu morto num dicionário.
como uma palavra em latim.
escrevendo bobagens dentro de meu balaio.













O que foi que eu esqueci nesse balaio onde carrego a vida?

E a música vai bem?

SOMMMM
BOMMM
DOMM
TOM

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Pega o bonde!

derepente o bonde passou.
-mas já nao se falam mais em bondes?-
posso falar de meus tempos.
de quais?
posso falar dos olhares que me capituraram.
das vozes que me deixaram mudo.
dos sons que me envolví.
E que passaram tão rapidamente por mim
que distraído escrevía sobre os bondes que nem existem mais...