sábado, 17 de abril de 2010

Nostalgia

O mundo anda veloz.
demais até,ontem eram os 80.
hoje batemos na porta do futuro programado para os anos 2000
sinto dor latente no peito jovem-que nem-viveu.
sim,o mundo anda veloz e eu,inerte.
não viví.
passei pelas coisas do mundo
sem ter vivido.
tomado por nostalgia.
levado por ela ao passado.
vivido nele.
no mundo e no passado.
e isso não é vida camarada entusiasta.
não é nada...
alguma coisa há de haver no futuro.
alguma bondade.
um mundão enfim.
era outra coisa á dez anos atras.
eu.
o mundo.
as coisas todas eram outras.
parar machuca.
é tempo de seguir em frente,camarada.
é tempo de remar pra frente.
é tempo de ser contente.
é tempo de toda qualquer hora ser.
o que quer que seja.
serei eu nostalgico e contente.
com um pé na cor preta e branca do passado.
com a mente no multicolorido futuro cinza.
é tempo de ser qualquer coisa.
é tempo de ser letra e canção.
construir uma casa.
e viver nela.
quase me esqueço que ter uma casa
é também sê-la.

uma rede na varanda.
contas ápagar.
uma cozinha fresquinha.
um banheiro,um quintal.
uma vida...um lar...
quero eu ser também meu futuro.
quero subir meus muros.
e deitar-me nessa casa (que ainda não existe)
e por fim,sê-la.
como todo mundo...

Marrom.

A cor da pele daquela menina,é marrom.
marrom como meu cabelo.
marrom como terra,barro.
é uma cor bonita.
como seus olhos também amendoados.
marrons,como chocolate,bronze.
é um quase ouro no olhar
é sua pele revestindo um todo.
ela é morena!
morena marron,
idiscutívelmente linda.
daquelas mulheres que nos apaixonamos por sua cor.
por seu castanho charme brasileiro.

por seu sorriso infinitamente branco.
branquinho.
seus dentes.
por sua marroníse latente.

como são receptivos seus olhos,cabelos e pele,marrons.
sua alma mulata.
sua cor de jambo.
meu encanto.

Não me canso de olhar suas curvas marrons passarem por mim.
danço eu também esse reggae...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Ladrão matinal

um passarinho passou e levou,doutor
meu poema sim senhor.
acredite.
passou e batendo asa se foi.
levando minha folha branquinha.
levando minha ideinha sem rima.
era tão bonitinho.
eu falava da luz...
se não me engano.
o passarinho o levou no claro sol de todo ano.
debaixo de poucos graus de manhã;
passarinho também é poeta.
é gaivota.
levou meu poema.
e espero que tenha assim(pelo menos)
quase que por acaso,
lído para Deus,as minhas palavrinhas sinceras...

quinta-feira, 15 de abril de 2010

severino,o severo.

imagina só,rapaz.
se você vivesse com essa estranha raiva sobre todas as coisas.
é quase um senhor.
não deves ser tão adverso á tudo.
praquê não sorrir?
por que torcer a cara?
são só pessoas vivendo.
buscando assim como você.
ser sério não é ser careta jovem idoso.
você fica com essa cara de preocupação,o tempo todo.
logo você que ama tanto viver.
que toma banho de mar.
que se embebeda com o vento.
que dorme despido.
que espera carinho ao pé do ouvido.
que o distribui também.
chega de ser tão severo homem!
sorria,
beba vinho aos domingos.
e não se atreva a se cobrir da chuva;
você parece outro.
se eu não te conhecesse tão bem
diria que és minha identidade secreta.
mas não é.
não podería.
a mim estão reservadas outras aventuras.
outros mundos
empestados de possoas que você tanto odeia,
mas que eu aprendí a lidar.
outros mundos severino!
você vive no seu fechado portão.
rindo das mesmas piadas.
solicitando atenção para as acusas nobres.
ora,isso é bobagem,desde o início.
o mundo não é bom.
nós somos.
e ainda assim,não somos bons o bastante para ostentar esse orgulho...
severino,o mundo é severo.
assim como suas coisas tímidas,rígidas...como pode?
eu aprendí a lidar.
e você que de tudo faz batalha,
me convida para gladear...
logo eu?
o poeta,o maluco,o cantor?
severino essa batalha é tua.
é homérica,digna de herói.
você,hercúleo,mercúrio,nadante.
não seja tão duro.
não tenha tanta vontade assim,
o mundo é também desleixado.
tem dia que o mundo parece um domingo.
e você permanece com essa cara imediata de segunda-feira?
relaxe,não tenha raiva dos ignorantes.
alguem disse num livro antigo que o mundo é deles.
e eu digo:
o mundo é realmente deles meu amigo.
aquele mundo que chamamos de 'mundo desleixado'
é bom não se contentar.
mas é presciso lutar contra as coisas certas.
cativas.
sempre existe um lugar esperando para ser colorído.
a maioria não o vê.
queria que você pudesse ver isso,camarada.
...como eu quería...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

esperança

'um besourinho verde passa todo dia pelo muro marrom.
o muro marrom parece cinza em dias de chuva.
o besouro verde parece gafanhoto.
feio.
mas com um lindo nome.
nos o chamamos de 'esperança!"

magrinho e desengonçado.
timido e pequeno.
esguío,esperto,lento.
sabedoria de besouro que é.

mas se chama esperança.

esperança.
se arrisca todo dia no muro marrom,
no cinza muro de chuva.
volta todo dia com uma folhinha.
esperança.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

das coisas da vida...

a vida tem dessas....
a gente promete.
despromete.
cumpre.
não promete.
vive,espera,ansêia.

a gente sonha.
como criança.
a gente idealiza como criança.
a gente chora como criança;
e faz papel de adulto.

a vida é curta.
e grosseira.
cheia de gente crescendo
e querendo dar o melhor de sí.
é um atropela geral.
é uma batalha então.

eu a vejo como valsa.
como um reggae claro,clamo.
e sem exageros naturais.
sem danificações.
só e somente a dança pela dança...

a vida pela qual vale a pena viver.
a verdade de meus olhos castanhos.
a verdade acima de muita coisa
a verdade,que é de todos.
a vida.

a vida tem dessas...e tem tantas.
a gente ama
e ama.
e espera...e ama...
a espera é pura e nua.
porém,é ainda espera.
cortante,tímida,rasteira.

a vida tem dessas...

As fotografias sem sentido,o sorriso sem sentido.

As fotografias sem sentido.
o sorriso sem sentido.
a procura por um real sorriso.
o sorriso comprado na banca de doces...
usado em festas semanais.
não cansa?
cansa sim,o mesmo usado sorriso.
a mesma atitude então.
se procura.
não se encontra.
E então marina?
você que fotografa o mundo.
que posa pra fotos polaróide.
que de tudo tem uma opinião.
que lê revistas.
e tablóides.
que ama carolina,outra menina.
que é moderna como lampião.
continua numa prisão mental.
numa cela capital.
de quê adianta tantos banhos de piscina?
tantos planos verdadeiros...
não fazem sentido tuas poses.
teus sorrisos diários.

teu lamento sincero,vale mais.
aprende.
a foto séria também tem sentido.
o sentido é todo dela.
a seriedade.
você em três por quatro.
e não há liberdade que resolva.
é dentro de você que mora a divisão.
o inferno,a batalha,a navalha,o amor.
dividida devidamente dividida.
você e o que você nunca saberá.
e quando você souber sorrir.
e aprender a ser.
ser de fato algo .
não tanto se procurar.
nem se preocupar.
a vida será outra.
você será leve como sonha ser.
e será sua.
toda sua.
como poema.
viver é simples.

agnóstica ou não.

talvez depois passe tudo a ter sentido.
á ser devidamente sentido.
colorido.
sem influências externas.

palavras,

é de sentido que se trata.
e também de procura.
e encontra.
ai terão;
uma vez encontradas,
as fotografias com sentido.
o sorriso enfim...

o sorriso leve e sincero que tanto procuramos todos os dias...

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Agora.

Agora o tempo passa tão rápido.
houve um tempo em que os ponteiros nem se iam...
o tempo da pureza,tempo vago de infância.
agora o tempo é como flexa.
passam dias,décadas,séculos...
passam no sabor da evolução cotidiana.
nos inventos revolucionários japoneses.
Agora tudo passa mais rápido.
e tudo custa mais caro.
rápido e caro como gozo real.
imediato como palavra de prazer em tempo de lágrima.

Agora brindamos outro mundo.
o amor continua intacto guardado no peito dos amadores
(Amadores amadores)
Agora tudo é novo.
e a humanidade quase retrógrada não acompanha o futuro.
acompanha tão bem que quase ultrapassa,erradamente!
ultrapassa.
nós provincianos ficaremos para trás...
ora,o mundo é dos pós-modernos.
agora já é futuro faz tempo.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

não presciso de muito

para viver bastam duas mãos.
saber sentir sabores.
saber fugir de dores.
saber absolvê-las.

não se prescisa muito.
é coragem que te falta.
é dinheiro?
é palta?
o que é?

para viver basta coragem,imaginação e zelo.
um bem cuidado eu interior.
um bem moldado retrato exterior.
para viver bastam as passagens.

Eu não presciso de muito nessa vida.
BASTAM DUAS MÃOS,
para atacar.
apaziguar.
defender.
duas mãos.

não se precisa de muito.
tudo se consrtói.
e se constrói.
e se constrói.

dinheiro se queima.
passagens se entrega.
guardemos os velhos tickets.

o combustivel se queima.
tudo é efêmero.
eu não presciso de muito.
um tijolo de cada vez...

mar de coisas.

casa.
carro.
moto.
porta.
janela.

tudo de todas as cores.
de tudo o que é jeito.
tudo junto feito tinta.
feito cor em aquarela.
borrado.
na mente do poeta tem gente .
na mente do maluco tem fumaça.
nas cores dos meninos outras cores.
cortinas,serpentinas.
velhos mapas.
na cabeça de um homem cabem tanta cores quanto um céu em dia de arco-rirs.
sol.
luz.
água.
rainbow!
é tanta bagunça...
é tanta bagunça...
amo a menina com o cabelo amarelo.
amo o amarelo do sol em dia de verão.
mar de coisa.
oceano molhado,
eu abraço o mundo...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

novo mundo.

a cada dia se cantam um novo mundo.
novos habitos.
jovens novos na tv.
bandidos no tele-jornal.
moderno,retrô.

a vida não é tele-novela.
mocinhos não são heróis.
o bom é ser o mau.
o mal com 'U'

não é mais como antigamente.
nada...a vida se tornou um quase souvenir
e os souvenirs mais e mais futeis.
é um novo mundo chegando?
ou sou eu desgraçadamente cantando meu eu 'retrógrado'?

o medo do futuro.
da evolução...
onde vamos parar?
ode ao mundo novo.
novo mundo que se cria a cada manhã
em novos cortes de cabelo nos jovens.
em hábitos,pulseiras e seriados de tv americana.
a vida é mais que isso.
tudo é tão simples.

mas você prefere ficar aí onde esta,
comendo batatas fritas.
comendo batatas fritas...

eu não tenho você.

eu não tenho você.

me fugiu como pássaro livre que é.

me ruiu como castelo jovem,cansado dessa batalha.


me ruiu,e levou embora algo que não nomeio.

nem ouso nomear.

sorrindo para o que fui.

eu nem mais sei descrever...


eu não tenho você.

e não mais esse estranho hábito de enamorar

essa cola.

esse beijo.

essas pegadas.


eu não entendo mais nada...

compreendo tanto,tanto...

que leio poema como se fosse explicação,rudimentar,poetica...


acordo num dia longo.

longo mesmo.

ja se foram os motivos.

jovem poeta.

velho coitado.


domingo, 4 de abril de 2010

silêncio.

oras,não é tristesa.
é senso de humor.

Eu tenho uma página.

eu tenho uma página enorme.
enorme se comparada ás paginas de cadernetas.
pequena se comparada ao tanto de coisa que ansêio ainda escrever.
tenho tintas nos dedos,e na ponta dos pincéis.
canetas manchadas,marcadas de suor de minhas mãos.
eu tenho um caderno e não só um caderno.
tenho um mundo em branco,branco mundo vão...
eu tenho sim,um caderno e um peito.
colorido como o caderno.
rabiscado como o caderno.
raimundo,giramundo,solução.
eu tenho praças apoteóticas.
poesias intimistas.
musicas e musicais...
uma página enorme para mil caracteres.
pequenina para uma frase,desabafo.
meu mundo corre rápido.
gira menino,o mundo gira!
gira na sapatinha de hermes...
sim,eu tenho uma pagina,e nela gruda um poema.
nela estou grudado.
eu tenho uma página em branco.
eu tenho tempo para escrever...

sexta-feira, 2 de abril de 2010

minha voz

rapaz,minha voz é verso.
é verso métrico...
é quase letra...caladinha,mareada.
além de mim...é vento.
é uma força escrita.
sugerida em papéis pelo caminho.
em cadernos anuais.

minha voz é a dor pela dor.
é o grito pelo grito.
é a felicidade enfim..
em mim,a voz são vozes e são várias,
vozes,timbres e poemas.
são vozes como falas escritas.
sugeridas,pensadas...
minha voz é ouvido.
escuta calma e sincera...
é poema pensado sobre fatos diários calmamente.
calmamente...como o paranóico dono dessa voz tão branda...
...que insiste perenemente em escrever.
ela canta e grita.
pinta e borda.
enquanto escrevemos...